segunda-feira, 21 de outubro de 2013

No blog da Rose, a mudança de partido do Tico Costa

Cid, Zé Carlos e Tico Costa no Solidariedade

A dança das cadeiras está em ritmo intenso na Câmara de Vereadores de Campinas. Três vereadores Cid Ferreira, Zé Carlos e Tico Costa estão de malas prontas para o Solidariedade, novo partido comandado em Campinas pelo ex-vereador Dário Saadi. Cid e Zé Carlos irão deixar o PMDB e Tico Costa o PP. Com isso, a bancada do PMDB deixa de existir. Já Tico Costa sai do PP – que fica com dois vereadores: Rafa Zimbaldi e pastor Jeziel. E olha que o rapa no PMDB está sendo articulado por um ex-peemedebista. Os quatro estiveram na manhã desta segunda-feira com Paulinho da Força, cacique-mor do partido.

http://blogs.band.com.br/blogdarose/

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Tico visita Região Sul e consegue melhorias para o trânsito junto à Emdec


O vereador Tico Costa visitou ontem (9/10), junto com representantes da Emdec e da AR-9, ruas da Vila Formosa, Vila Georgina, Jardim Nova Europa, Parque Jambeiro, Jardim São Vicente, Vila Esmeraldina e Jardim Samambaia para resolver problemas viários nos bairros. Abaixo, a relação de algumas das ruas visitadas e que tiveram suas demandas garantidas dentro do cronograma da Emdec.

Ruas Antônio Guilherme da Costa, Antônio Francisco da Silva e Paulino Santana: indicação de análise técnica para a implantação de uma rotatória (ilha) no cruzamento das três vias.
Rua Paulino Santana, próximo ao conjunto de apartamentos: sinalização de chão e criação de um local para estacionamento dos visitantes dos prédios.
Rua João Brasil: sinalização e criação de um local para estacionamento de embarque e desembarque para vans escolares.
Rua Antônio Guilherme da Costa: sinalização e abertura da mesma para a saída de viaturas da base da Guarda Municipal (GM).
Rua Padre José Gaspar: implantação de um redutor de velocidade (lombada) próximo à creche e a escola.
Rua José Perina, nas proximidades da Fundação Casa Jequitibá: solicitação de uma área municipal para estacionamento dos veículos de funcionários e visitantes da entidade.

Encontro da Comissão de Segurança repercute na imprensa

METRO CAMPINAS

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

CONSEGs ganham apoio da Comissão para os Assuntos de Segurança nas suas reivindicações


O compromisso de cobrar o Poder Executivo sobre as necessidades e reivindicações dos Conselhos de Segurança de Campinas (CONSEGs) e a congregação de trabalho entre os diversos órgãos municipais e estaduais para solucionar problemas, além de ampliar o programa Vizinhança Solidária por todo o município. Estas foram as principais decisões tomadas depois do encontro de representantes de diversos CONSEGs com a Comissão para os Assuntos de Segurança Pública e também Francisco Sellin, assessor da Secretaria de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública. A reunião, na Câmara Municipal, serviu para mostrar que apenas com unificação de estruturas haverá a redução dos índices de violência no município. Assim como, segundo o representante dos CONSEGs no Conselho Integrado de Segurança Pública e de Defesa da Vida em Campinas e no Gabinete de Gestão Integrada do Município, Marcos Alves Ferreira, passa pela efetiva estruturação do Gabinete de Segurança do Município, prometido pelo prefeito Jonas Donizette e ainda no papel. “Somos o termômetro da população. Temos de ser ouvidos”, enfatizou Ferreira.
Os principais problemas levantados pelos diversos presidentes dos CONSEGs presentes na reunião mostram que Campinas tem, na sua quase totalidade, carências comuns. Entre eles, estão a precariedade da iluminação pública em ruas e pontos de ônibus, terrenos baldios com mato alto e casas abandonadas (que servem de abrigo a marginais), aparato policial diminuto, falta de condições de trabalho nos órgãos de segurança, pontos de tráfico de drogas espalhados por diversos bairros, excesso de moradores de rua no Centro e adjacências. Além disso, veículos com som alto perturbando o silêncio nas noites e madrugadas, boates e bares sem proteção acústica, altos índices de furtos e roubos de veículos e residências, estupros e violência contra transeuntes em locais públicos e de lazer, como a Lagoa do Taquaral e Centro de Convivência Cultural, completam uma lista.
“Hoje vivemos uma burocracia extrema na questão da segurança primária. Gasta-se um tempo infinito para se fazer um boletim de ocorrência. Muitas vezes, inclusive, uma viatura da PM é obrigada a ficar junto com a vítima para efetuá-lo. E isso tira a viatura do patrulhamento das ruas. Na verdade, houve um crescimento populacional e econômico imenso da cidade nos últimos anos, mas esse crescimento não foi acompanhado de um aparato de segurança na mesma intensidade. E a bandidagem vai para onde há dinheiro”, afirmou Marcos Alves Ferreira.
Segundo ele, “a falta de homens, recursos humanos e materiais, falta de um trabalho integrado de inteligência, não são novidade. O problema é você encaminhar reivindicações ao governo do Estado e não ter nenhuma resposta a elas. Como no caso da nova Seccional de Polícia Civil. Ela virá para nos dotar de um efetivo maior ou dividirá o pessoal da que já existe? Por que se for o segundo caso, tudo irá piorar”, disse Ferreira.

ZUMBIS HUMANOS”
Uma das principais reclamações dos integrantes dos CONSEGs foi quanto ao excesso de moradores de rua no Centro e adjacências, além do crescente tráfico de drogas, furtos e roubos nesta região. “Estamos vendo hoje, no Centro, um verdadeiro exército de zumbis humanos. O Centro hoje é um ponto onde muitos vão para consumir drogas, planejar crimes, furtar pedestres. Aos poucos, amplia-se o medo e a insegurança de pessoas transitarem na região central. Logo, deixarão de fazê-lo. Muitos sequer passarão de ônibus pelo local. E o que veremos é um caos urbano, um comércio falido e um trânsito caótico”, afirmou Fileto de Albuquerque, presidente do CONSEG Centro.
“Campinas tem um atrativo. A prova disso é que com a repressão na Cracolândia de São Paulo o número de moradores de rua se ampliou aqui. Segundo a Prefeitura, eles são 601. Mas esses são aqueles com endereço fixo. Há pelo menos mais 300 passantes. Muitos são foragidos da lei, bandidos em potencial e informantes do tráfico. Só uma ação conjunta de diversos órgãos e secretarias municipais é que poderá impedir esse caos”, disse Albuquerque.
Em resposta às declarações, o assessor da Secretaria de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública, Francisco Sellin, afirmou que “o morador de rua não é só um caso de polícia”. “A verdade é que não há, hoje, onde colocar esse pessoal. Precisamos, sim, como já está sendo feito, de ações em conjunto para buscar uma solução. Precisamos impedir que outras cidades continuem a mandar moradores de rua para Campinas. Afinal, também sabemos que, se continuar assim, o Centro acaba mesmo”. Para Sellin, porém, as reivindicações dos CONSEGs são justas. “Hoje os CONSEGs deixaram de ser meras entidades que buscavam apenas obter peças para reformar viaturas e se transformaram em algo que supera as sociedades de amigos de bairros e comunidades religiosas na luta por reivindicações da população. São a prova de que a união faz a força e de que é possível mudar a realidade”. 
SOLUÇÕES POSSÍVEIS
Para os integrantes da Comissão para os Assuntos de Segurança Pública, é preciso, diante das reivindicações dos CONSEGs, buscar soluções imediatas. “Não há como não fazermos nada. A sociedade organizada, através de seus diversos conselhos, pede e exige. E cabe aos poderes Executivo e Legislativo planejar e executar o melhor possível. Cabe-nos cobrar o Executivo por medidas melhores. Somar esforços e trabalhar em parceria com a sociedade. Apoiar os CONSEGs”, afirmou o vereador André von Zuben (PPS), integrante da Comissão.
Assim, a cobrança da efetiva criação do Gabinete de Segurança do Município – prometido pelo prefeito Jonas Donizette - será feita pelos vereadores. Além disso, a ampliação do Programa Vizinhança Solidária (com a integração de vizinhos na defesa da sua rua e bairro) será alvo central, com a ajuda da Guarda Municipal (GM) na difusão dessa ideia. Aumento da segurança, através do sistema de câmeras da CIMCamp, também será cobrado no próximo Orçamento municipal, além de um trabalho integrado das inteligências das polícias Civil e Militar e da Guarda Municipal, com ampliação das redes de união de esforços e uso de estatísticas para gerar ações conjuntas.
Participaram da reunião os vereadores Tico Costa (PP), presidente da Comissão, e os seus integrantes André Von Zuben (PPS), Carlão do PT, Jorge Schneider (PTB) e Pastor Elias Azevedo (PSB).

OUTRAS REIVINDICAÇÕES
Outros problemas detalhados na reunião foram os mais diversos. Na região do CONSEG Cambuí, bares e boates com barulho em excesso e sem estacionamento se uniram ao caos no entorno do Teatro de Arena do Centro de Convivência (utilizado para a venda e consumo de drogas), roubos a caixas eletrônicos e a ação das gangues da marcha-ré.
Para região do distrito de Barão Geraldo, o representante do CONSEG local, Antônio da Silva Ramos, falou dos problemas estruturais do 7º Distrito Policial, que inviabilizam o trabalho dos policiais, em número reduzido e precisando de funcionários emprestados da Unicamp para realizarem atendimento; o aumento de estupros e roubos a residências; o difícil acesso à região depois que o entorno da Estrada da Rhodia virou ponto de implantação de diversos condomínios; festas onde muitas vezes os idealizadores pagam hotel para que os moradores saiam das suas ruas; casas que viram repúblicas e não são punidas por trocarem a destinação residencial para comercial.
Na área do CONSEG Taquaral, o crescimento no índice de roubos e furtos de veículos, principalmente no entorno do Parque Portugal; boates e bares que não respeitam os índices de silêncio, com alvarás às vezes retirados como buffets e casas de chá; automóveis com som alto, furtos contra transeuntes que usam a região da Lagoa como lazer. “No nosso caso, o avanço foi a implantação do programa Vizinhança Solidária no Taquaral. Agora estamos ampliando para 30 casas da Chácara Primavera e condomínios da Vila Madalena”, disse Luiz Roberto Gomes, presidente do órgão.
No CONSEG Sul os problemas maiores são a criação do Parque Prado, que levou cerca de 40 mil novos moradores para a região. Com esse acúmulo de pessoas, a estrutura do 5º Distrito Policial se tornou inviável devido ao número reduzido de policiais. Hás casos, como do Condomínio Água Doce, com apenas uma vaga de garagem, que obriga muitos moradores a deixar o veículo na rua. “Há hoje uma média de três roubos de carros por noite”, disse Donizete Romero, presidente da entidade. Alto índice de roubos a residências e tentativas de estupros por causa da baixa taxa de iluminação pública são outros problemas.
Na área do CONSEG Centro Oeste, a invasão do bairro Cidade Jardim; a utilização do local da antiga “feira do rolo”, na Vila Industrial, como um estacionamento; terrenos baldios com mato alto (que propiciam ladrões e estupradores se esconderem); iluminação pública precária e veículos com som alto nas noites e madrugadas, além da retirada da sede da torcida organizada Fúria da Rua Maria Soares, se juntam à reivindicação pelo fim das obras na sede do CONSEG local e a proibição da venda de bebidas alcoólicas em postos de gasolina. Segundo Solange Nigro, presidente do CONSEG, as vitórias passam pela viabilização do programa Vizinhança Solidária nos bairros Ponte Preta, Parque Industrial, Parque Jardim e Vila Industrial.

Fotos: Lucas Leite/Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas

Tico Costa negocia com prefeito e consegue incluir corredores da Região Sul na nova Lei do Alvará


terça-feira, 8 de outubro de 2013

CONSEGs se encontram com Comissão para os Assuntos de Segurança Pública


Encontrar saídas integradas para a violência em Campinas, com a troca de informações sobre ações que deram certo em bairros ou regiões, e a ampliação do apoio dos poderes públicos às entidades. Este é o tema da próxima reunião ordinária da Comissão para os Assuntos de Segurança Pública, na quarta-feira, dia 9, às 13h30, na “Sala Sylvia Paschoal” (Plenarinho) da Câmara Municipal de Campinas. Na reunião, representantes dos Conselhos de Segurança de Campinas (CONSEGs) apresentarão aos parlamentares um relato do trabalho desenvolvido nas entidades e as principais demandas de cada região. O representante dos CONSEGs no Conselho Integrado de Segurança Pública e de Defesa da Vida em Campinas e também no Gabinete de Gestão Integrada do Município, Marcos Alves Ferreira, fará a apresentação aos parlamentares, assim como falarão presidentes de outros CONSEGs locais.
Em Campinas há dez CONSEGs funcionando. No Estado há, atualmente, 522 municípios com CONSEGs implantados (municípios populosos admitem mais de um Conselho). São 84 na Capital, 40 na Região Metropolitana de São Paulo e 660 no Interior e Litoral, totalizando 784 unidades. Uma das ações principais adotadas contra a violência em Campinas foi a criação da rede solidária de segurança entre vizinhos. Com ela, aumenta-se a sensação de segurança em casas, comércios e condomínios fechados. Na rede solidária são distribuídos kits com placas de identificação das casas participantes, lista de contatos entre os vizinhos, adesivos para veículos, telefones de contatos com órgãos de segurança pública e até sirenes de alarme para espantar bandidos e alertar a vizinhança.
A Comissão para os Assuntos de Segurança Pública é presidida pelo vereador Tico Costa (PP) e tem como integrantes os vereadores André von Zuben (PPS), Carlão do PT, Jorge Schneider (PTB) e Pastor Elias Azevedo (PSB).

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Mensagem do Tico Costa aos seus eleitores


Há exato um ano, nas urnas, eu recebia de cada um dos meus eleitores a responsabilidade de defendê-los e representá-los na Câmara Municipal de Campinas. Passado este período, entre a minha eleição, no dia 7 de outubro de 2012, minha posse como vereador e até hoje, tenho feito tudo o que está ao meu alcance para honrar cada voto, cada pessoa que confiou em mim. Meu gabinete – o de número 7 – está aberto à toda população de Campinas, para que você possa cobrar e exigir os seus direitos. Prometo, até o último dia de meu mandato, agir com honestidade e dignidade na defesa dos direitos do cidadão. Assim, mais uma vez, obrigado a todos que me elegeram. Meu mandato é de cada um de vocês. E que sempre possamos trilhar juntos os próximos meses e anos. 
Tico Costa - Vereador

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Tico e secretário de Trabalho e Renda buscam opções para internos da Fundação Casa


O vereador Tico Costa (PP) entrou hoje (02/10), junto à Mesa da Câmara, com um requerimento pedindo informações à Prefeitura Municipal sobre o cumprimento do Decreto 16.912, de 17 de dezembro de 2009, em vigência, que dispõe sobre a execução do Programa de Inserção de Egressos do Sistema Penitenciário no Mercado de Trabalho (Proegresso Campinas). Pelo programa, órgãos da Administração Direta e entidades ligadas à Administração Indireta, nos editais voltados à licitar obras e serviços, podem exigir vagas de trabalho aos beneficiários do mesmo. Neste caso, 5% das vagas para um contingente mínimo de 20 trabalhadores e uma vaga quando o total de trabalhadores contratados na terceirização esteja entre seis e 20 vagas deveriam ser de egressos do sistema carcerário.

“O que vemos é que muitos ex-presidiários, quando conseguem sua liberdade, esbarram na impossibilidade de obter uma vaga de trabalho no mercado formal – justamente por serem egressos do sistema carcerário. Fica um estigma neles, uma marca quase indelével. Sem essa possibilidade de reinserção da sociedade, muitos voltam ao mundo do crime. Logo, se há no nosso município uma lei em vigência que pode minimizar este quadro, por quê ela não é cumprida?” - questiona o vereador.

A questão surgiu hoje, após uma visita que Tico Costa fez, junto com o secretário municipal de Trabalho e Renda, Jairson Canário, ao Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente Jequitibá - Casa Jequitibá, no Jardim São Vicente. Os dois foram ao local para tentar viabilizar junto ao órgão programas de treinamento e capacitação profissional para os internos da instituição, além daqueles que já são desenvolvidos como oficinas profissionalizantes, dentro da Fundação Casa, com o apoio do Instituto Paula Souza. Além disso, no caso dos ex-internos, haveria também a possibilidade de inclusão no Proegresso Campinas, principalmente àqueles maiores de 16 anos e que deixaram a instituição.

Atualmente, a Casa Jequitibá, com capacidade para 72 infratores, tem 81 internos. O número maior é amparado em decisão da Justiça de ampliar em até 15% a capacidade de internação das unidades estaduais por causa da demanda ampliada. A maior parte permanece no local em média de 9 meses a um ano, mas há casos de reincidentes onde este prazo é maior, podendo chegar a três anos. Os internos têm entre 12 e 21 anos, com maior incidência de menores na Jequitibá entre os 15 e 16 anos. No Estado de São Paulo há cerca de 9,5 mil internos em todas as unidades da Fundação Casa.



AÇÕES DA PREFEITURA

Segundo o secretário de Trabalho e Renda, Jairson Canário, há diversas possibilidades de se integrar o menor e adolescente que saem da Fundação Casa, assim como viabilizar uma renda às suas famílias. Canário lembrou o programa federal do Microempreendedor Individual (MEI), onde a pessoa que trabalha por conta própria pode se legalizar como pequeno empresário e obter apoio financeiro para o seu negócio. Além disso, há cursos diversos desenvolvidos pela sua Secretaria e que se adaptam às necessidades do interno da Fundação Casa, havendo apenas que se adaptar os horários na rotina diária da Casa Jequitibá (como aulas e oficinas de trabalho internas) e locomoção até as unidades onde ocorrem os cursos do Programa Nacional de acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Nesse caso, jovens cumprindo medidas socioeducativas estão como público-alvo. Há ainda o Centro Público de Apoio ao Trabalhador (Cepat), para encaminhamento ao mercado de trabalho.

Para o diretor da Casa Jequitibá, Fabiano Paina, é necessário se quebrar a realidade dos ex-internos e mesmo dos egressos do sistema carcerário. “A dificuldade para um ex-interno obter uma vaga no mercado de trabalho é imensa. Há o estigma que o acompanha. Para muitos empregadores eles são vistos e rotulados como ex-Febem, nem ex-Fundação Casa. Por isso vemos, no Estado, uma reincidência em torno de 12% a 13%. Mas, como alguns dos internos saem com mais de 18 anos, eles não entram nessas estatísticas por que são encaminhados, em caso de reincidência, ao Centro de Detenção Provisória (CDP). Temos ainda aqueles que morrem durante uma ação no crime”, diz Paina. Segundo o diretor da Casa Jequitibá, o estigma é tão grande que há a dificuldade até em se obter uma vaga formal para os menores e adolescentes em escolas municipais e estaduais. As unidades educacionais normalmente recusam a inscrição de ex-internos.

Se a Prefeitura e a Administração Indireta adotarem o Proegresso, por exemplo, uma porta poderia ser aberta, além de uma maior participação da Secretaria de Trabalho e Renda junto aos ex-internos, ex-presidiários e suas famílias. “Vemos aqui que muitos de nossos adolescentes buscam todos os documentos legais e formas de estudo, entregam currículos, tentam se enquadrar mas não são aceitos na quase totalidade. Daí você tem o crime organizado que lhes dá opção de renda muitas vezes maior do que um salário mínimo. Ou seja, é um ciclo vicioso que tem de ser quebrado”, diz Paina.

Para ele, é preciso buscar e mostrar que há saídas, pois muitos internos mostram qualidades diversas nos cursos hoje aplicados na unidade. Muitos descobrem na jardinagem e pintura opções. Falta lhes dar oportunidades. Como afirmou uma funcionária da Casa Jequitibá na reunião: “Os meninos quando saem daqui parecem que são uns ETs para a sociedade, que não os reconhece e nem lhes dá uma chance de recuperarem suas vidas”. A primeira reunião de representantes da Secretaria de Trabalho e Renda na Casa Jequitibá com os internos e seus familiares, para mostrar projetos e programas possíveis, ficou marcada para o próximo dia 25, às 14h. Essa unidade será piloto na tentativa de resgate dos jovens.

CS do Esmeraldina será ampliado

O Centro de Saúde (CS) do Jardim Esmeraldina será ampliado. Após uma conversa entre o secretário de Negócios Jurídicos, Mário Orlando, e o vereador Tico Costa, a área onde está o CS, que estava destinada anteriormente à praça pública, sofrerá sua desafetação – ato onde a Administração determina que um bem antes destinado a uma função pública determinada passe a ser um bem disponível. Com essa medida, o CS, que estava sem condições legais para ser ampliado, por estar num local antes “inapropriado legalmente” à sua função, poderá agora passar por uma reforma efetiva e posterior ampliação. Ganha a população da região, que terá uma unidade de atendimento melhor.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

GM retomará ações na Região Central


A retomada das operações de repressão da Guarda Municipal (GM) na região do Terminal Central. Esta foi uma medida emergencial que o secretário municipal de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública, Luiz Augusto Baggio, apresentou hoje à Comissão para os Assuntos de Segurança Pública da Câmara Municipal. Questionado por Paula Selhi, mãe do estudante Felipe Selhi Cunha, assassinado a facadas há dois anos na Rua Cônego Cipião, perto do Terminal Central, por que a GM parou as ações na região, que voltou a ser invadida por moradores de rua e usuários de drogas, o secretário afirmou que a corporação retomará o patrulhamento especial na região em poucos dias e ampliará a repressão. Mas ele lembrou que só isso não irá impedir que o espaço seja uma nova cracolândia.

É preciso revitalizarmos a região, unir as forças de várias secretarias. Já disse ao prefeito Jonas Donizette de que sou favorável mesmo à volta do lago e do relógio de sol, como era antes, para o local. Ou seja, é necessário mudar a realidade da região. Como está hoje, o lugar é favorável à permanência dos moradores de rua e usuários de drogas. O Ceasinha fornece a comida que eles querem, nem que seja no lixo; há Casa da Cidadania, que lhes dá abrigo temporário, e a própria estrutura arquitetônica da região favorece”, diz Baggio.

Para o secretário, só uma união de forças entre a GM e as secretarias de Saúde e de Assistência Social poderia fazer a diferença. “Se eu levar um usuário de drogas ao distrito policial, será feito um termo circunstanciado e ele voltará para as ruas. E aí eu perdi um tempo imenso de uma viatura para um caso sem solução isolada. Se não houver uma integração de esforços, o trabalho é perdido”, afirmou Baggio. Por causa disso, inclusive, está em curso a integração do Município ao programa federal “Crack, é possível vencer”, com verbas destinadas para a segurança pública e o atendimento em saúde e assistência social voltados ao cuidado e tratamento de usuários de drogas. “É uma medida importante que nos dará mais recursos no combate a essa realidade”.

Mas, enquanto essa realidade não chega, o secretário enfatiza que há a Operação Cata-Treco da GM, onde os policiais recolhem caixotes, colchões, cobertores e papelões utilizados por moradores de rua na região central para dormirem. “Não é que a GM é o vilão da história, tirando isso dos moradores de rua. Nós temos regras mínimas de urbanidade que têm de ser cumpridas. Ninguém pode montar um barraco numa via pública central. Fazemos isso na região do Terminal Central como forma de gerar uma situação de segurança. Mas, mesmo neste caso, é importante a Secretaria de Assistência Social estar junto, para darmos uma destinação às pessoas”.


MAIS CÂMERAS

Outra medida importante que o secretário de Segurança expôs é a abertura de licitação, até o final deste ano, para a aquisição de 15 câmeras inteligentes (do tipo OCR) e software especial de leitura e reconhecimento de placas de veículos para o sistema de monitoramento da CIMCamp. “Com a vinda da CIMCamp para a Pasta de Segurança, decidimos fazer a licitação ainda este ano e, no primeiro semestre de 2014, esperamos estar com o sistema funcionando em pelo menos 15 pontos de Campinas. É um sistema pesado, dado ao volume de entrada e saída de veículos do município, mas o faremos e esperamos, no futuro, integrá-lo a outras cidades que já dispõem dele, criando uma rede de segurança maior, intermunicipal”, disse Baggio.

Para que isso se dê, inclusive já está sendo um criado um protocolo interno na Secretaria para a manipulação dos dados, que seria restrita a um grupo especial. Neste caso será feita a criação de uma “sala-cofre”, sob a gestão do órgão municipal e onde se dará todo o monitoramento das imagens do sistema de câmeras, com o intuito de criar uma política integrada de segurança, onde membros restritos da GM e das polícias Federal, Civil e Militar terão posse e estudo das imagens para definir ações. “Mas algumas coisas terão de mudar. Hoje, por exemplo, sabemos que emissoras de tevê têm acesso a imagens da CIMCamp. Teremos de rever o que são dados sigilosos e os que não são”.

OUTRAS AÇÕES

No balanço da Secretaria dentro do novo governo, Luiz Augusto Baggio incluiu as parcerias que aconteceram a partir da criação do Gabinete Metropolitano de Gestão Estratégica da Segurança Pública (Gamesp), que une membros das polícias Civil, Militar e Federal, Guarda Municipal, secretarias estaduais, Ministério Público, Poder Judiciário e sociedade civil. “Com isso ficou possível os dois Deinter e os dois comandos de policiamento do Interior da PM trocarem informações entre si, o que era raro antes. Dá uma nova dinâmica à questão da segurança”.

Mas, para o secretário, pelo fato da sua Pasta trabalhar 24 horas em todos os dias do ano, muito mais precisa ser feito em prol de uma política de segurança. Com cerca de 700 integrantes, em plantões de 24 horas, o montante de ocorrências é grande. “Precisamos de mais homens. Atualmente eu poderia chamar mais 100 recrutas concursados, só que não tive verba. Sei porém que, desses, cerca de 30% desistirão ainda na Academia. Nos falta, por exemplo, pessoal administrativo interno. Eu tenho que ter, em cada base, um soldado para registrar ocorrências, por falta de pessoal administrativo. Espero, no futuro, fazer com que cada GM, na rua, possa fazê-lo on-line. Inclusive já estamos viabilizando um programa para isso”, afirma Baggio.

Para ele, outra questão emergente na corporação é que daqui a 4 ou 5 anos começarão a acontecer as aposentadorias na GM. “Temos de repor esse pessoal logo, até para não perdermos a questão da longevidade da equipe, do conhecimento de rua. O problema é que cada novo guarda demanda treinamento, fardamento, armamento. Já adquirimos 100 novas pistolas para trocarmos nossos antigos revólveres calibre 38 e trocaremos também os atuais uniformes, mas tudo leva tempo”.

Outro ponto enfocado pelo secretário é a necessidade de atendimento psicológico aos GMs depois de participarem de uma ação onde ocorra um confronto armado. “Como é hoje, o homem mata ou quase é ferido e, na maior parte das vezes, volta à corporação no turno seguinte para trabalhar. Isso não é possível, não é humano. Por isso estamos contratando um serviço psicológico para mudar essa realidade”, disse o secretário.


PROGRAMA CONTRA A VIOLÊNCIA SEXUAL

O secretário enfatizou ainda o treinamento que será feito com guardas municipais femininas para atendimento de modo horizontal de casos de violência sexual contra mulheres. “Daqui a quatro meses poderemos já ter este serviço em funcionamento. Isso integrará também funcionárias do IML para o atendimento, por isso o tempo que demanda um treinamento”.

Participaram da reunião com o secretário de Segurança os vereadores Tico Costa (PP), presidente da Comissão para os Assuntos de Segurança Pública, e os vereadores integrantes da mesma André von Zuben (PPS), Carlão do PT e Pastor Elias Azevedo (PSB), além do vereador Luiz Carlos Rossini (PV).

(Fotos: Lucas Leite/Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas)

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Cimcamp e PUC iniciam negociações para integração no Projeto Câmera Cidadã


A Central Integrada de Monitoramento (Cimcamp) e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC) iniciaram ontem negociações para uma possível instalação do sistema de câmeras do órgão municipal nos arredores do Campus 1. Hoje, há 180 câmeras internas gerenciadas pela equipe de segurança da instituição de ensino nos campi. A intenção da PUC agora é a de ampliar a segurança externa no campus do Parque das Universidades. Um dos pontos considerados com problemas é a Avenida Ana Maria Silvestre Haddad, onde há incidência esporádica de sequestros-relâmpagos, furtos de veículos, saidinhas de banco, roubos a pedestres e até ataques a agências bancárias localizadas na via. O encontro foi entre o diretor da Cimcamp, Nelson Cayres; o pró-reitor de Administração da PUC, Ricardo Pannain; o supervisor de segurança da universidade, Israel Pilmon Gitirana Barros; o encarregado de segurança da PUC, Fábio Donizete Silva; e o vereador Tico Costa (PP).
Se o acordo for confirmado, após estudos de viabilidade técnica e financeira que serão feitos por parte da universidade, a PUC integrará o convênio “Câmera Cidadã”, criado pela Cimcamp. Através dele, o interessado entra com os custos de equipamentos e sua instalação. Já a Cimcamp assume o monitoramento, a operação e manutenção posteriores. Atualmente, agências do Banco Itaú, a Sanasa, a Câmara de Campinas e condomínios do Alto da Nova Campinas estão integrados ao sistema da Cimcamp. No Itaú, há a cessão de imagens das câmeras externas das agências. A vantagem de unificar esforços é a garantia de intervenção imediata da Polícia Militar (PM) e da Guarda Municipal (GM) em casos de ações criminosas. Outra vantagem é poder contar com uma segurança, por meio de um monitoramento, 24 horas por dia. Hoje há uma média de 300 a 320 câmeras da Cimcamp funcionando diariamente no município, algumas já com imagens em HD.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Tico Costa participa de programa sobre a crise na Polícia Civil



Uma realidade de desestruturação da Polícia Civil no Estado de São Paulo, onde de cada 100 boletins de ocorrência que chegam aos distritos policiais, apenas cerca de 14% se transformam em inquérito policial e, desses investigados, somente cerca de 7% chegam ao seu final com sucesso. Com esta declaração, Aparecido Lima de Carvalho, presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Região de Campinas (Sinpol) e da Federação Interestadual dos Trabalhadores Policiais Civis da Região Sudeste (Feipol/SE), foi hoje ao programa Câmara em Debate, na TV Câmara, para relatar a crise na instituição.

Sob o comando da jornalista Mirna Abreu, o programa teve a participação dos vereadores Tico Costa (PP), presidente da Comissão para os Assuntos de Segurança Pública, e Pastor Elias Azevedo (PSB), membro da Comissão. “A realidade de apenas 7% dos inquéritos instaurados chegarem a termo mostra o tamanho do problema que temos de resolver na questão da restruturação da Polícia Civil”, afirma o presidente do Sinpol. “Mostra, com evidência, a falta de estrutura e condições de trabalho. Há carência de viaturas, homens preparados e treinados rotineiramente, aparelhos de escuta, tecnologia de ponta, com software moderno, efetivo e tempo de investigação. Infelizmente, hoje, em muitos casos, a mídia é que dá o tom do que vai ser investigado. Ou seja, a polícia acaba dedicando o seu tempo ao crime que repercute na mídia. E não poderia ser assim”, diz Carvalho.

“O que nós vemos agora é que temos quase metade do efetivo que tínhamos há 15 anos. E não podemos aceitar o desmonte da Polícia Civil que vem sendo colocado pelo governo estadual”, afirma Carvalho. Para ele, a promessa do governador Geraldo Alckmin (PSDB), feita hoje em Campinas, durante solenidade para a criação da 2ª Delegacia Seccional no município - de que haverá a contratação de mais 1.853 homens para a polícia científica e novos 2.805 cargos para a polícia civil no Estado -, não cobre as necessidades. “Hoje há um déficit de 8 mil policiais no Estado, logo essa promessa não supre as necessidades. No caso da nova Seccional, por exemplo, como criarmos uma nova estrutura se temos a falta de pelo menos 250 homens em Campinas?” - questiona. De acordo com ele, “o desaparelhamento da polícia leva à impunidade do criminoso e deixa o crime agir livre nas ruas”.



GREVE BRANCA

Para Carvalho, o movimento que a Polícia Civil tem feito nos últimos meses, de paralisações pontuais, é para garantir melhores condições de trabalho e salários à categoria. “Mas não é apenas para os policiais. É para a sociedade como um todo, para que possamos dar respostas à ela, com um trabalho muito melhor. Não aceitamos o desmonte de uma instituição centenária. Sabemos que há a Lei de Responsabilidade Fiscal e a questão do Orçamento, mas sabemos também que há sobra de caixa no Estado. O que pedimos é tão somente que haja negociação para chegarmos a um consenso”.

Segundo o presidente do Sinpol, “precisaríamos ter um reajuste de ao menos 100% para cobrir todas as perdas, mas podemos negociar esses número. Dá-se uma parte agora e se paga o restante em cinco, dez anos, parcelado. Mas que haja a negociação, vontade política do governo. O que não podemos é aceitar que policiais ofereçam as suas vidas e de seus familiares por um salário de fome, onde os reajustes se dão apenas sobre o salário base, que é cerca de 1/3 do que recebemos no final do mês. Chega de penduricalhos no salário que serão perdidos na aposentadoria”.

Diante do quadro caótico da Polícia Civil, onde dos 100 escrivães que existem em Campinas, por exemplo, apenas 47 deles estão efetivamente em inquéritos policiais – o restante está em área administrativa -, o presidente do Sinpol vê apenas um movimento mais radical como saída. “Queremos ser ouvidos e poder negociar. Caso contrário, vamos à greve branca, em estado de greve.” Ele lembrou ainda o nível de estresse que vive o policial no seu dia a dia, sem avaliações físicas e psicológicas do profissional por parte do Estado, e da excessiva burocracia existente, com “papeladas intermináveis” que levam à um entrave de investigações.

Diante do quadro, para os vereadores Tico Costa e Pastor Elias Azevedo, o apoio da Comissão para os Assuntos de Segurança Pública é total. “Hoje, com o crime se especializando e se fortalecendo cada vez mais, vemos a Polícia Civil na contramão. E isso não se dá por culpa dos policiais. Por isso pregamos e apoiamos uma restruturação total da instituição”, afirmou Tico Costa. O vereador e presidente da Comissão reiterou a apresentação de uma moção, a ser lida na sessão de hoje e enviada ao governador do Estado e ao secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, reivindicando melhorias para a Polícia Civil - tanto para a questão salarial como o reaparelhamento e melhores condições de trabalho. “Temos hoje debatido muito o apoio às revindicações da Guarda Municipal e da Polícia Militar, no caso das carências do Corpo de Bombeiros, por isso não podemos nos furtar aos problemas vividos pela Polícia Civil. Afinal, é a questão da segurança de todos nós que está em jogo. Uma polícia forte pressupõe uma sociedade melhor protegida”, disse Tico Costa. 
(Foto: Lucas Leite/Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas)