quarta-feira, 28 de maio de 2014

Locomoção da pessoa com deficiência é debatida na Câmara


Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no seu Censo de 2010, mostram que 15% da população têm alguma deficiência e outros 9% convivem com mobilidade reduzida em Campinas, ou seja, pouco mais de 230 mil pessoas. Nesse universo, portanto, muitos têm problemas de mobilidade urbana. Assim, amanhã, às 14h, no plenário da Câmara Municipal, acontecerá um debate público sobre o transporte público e a pessoa portadora de deficiência. No encontro, coordenado pelo vereador Tico Costa (SDD), entidades e poder público discutirão o problema. “Hoje, muitos portadores de deficiências sofrem com problemas referentes à mobilidade. Há ainda problemas futuros que virão, como a possível extinção da categoria de cobradores no sistema de transporte urbano coletivo, que pode trazer mais dificuldades de locomoção e acesso aos veículos pelo cadeirante”, diz Tico Costa.
Para o debate foram convidados a secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Emmanuelle L. G. Alkmin Leão; o presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Luiz Gustavo Merlo; o secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiros; e representantes do Centro Cultural Louis Braille, Transurc, Apae Campinas, Instituto Campineiro dos Cegos Trabalhadores e Comissão das Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida da Câmara Municipal, presidida pelo vereador Paulo Bufalo (PSOL).

DISCUSSÃO
Um dos problemas que será tema do encontro é o sistema “bus alert”, software que possibilita ao usuário com deficiência visual saber o momento em que o ônibus está se aproximando do ponto de parada. O sistema era uma promessa do planos de 100 dias do governo Jonas Donizette (PSB), mas não saiu do papel. Segundo a Emdec, três veículos da Linha 3.66 (Orozimbo Maia) fizeram o teste, mas não há sequer estimativa para a sua implantação efetiva. Além disso, apenas 56% da frota atual de ônibus têm acessibilidade para cadeirantes.
A carência de políticas sociais e públicas para o portador de deficiência nos bairros de periferia serão outro ponto em pauta. Na maior parte deles, a acessibilidade é inexistente para os cadeirantes. Mesmo na região central o problema se repete e o próprio acesso ao Paço Municipal está comprometido desde que a rampa mecânica quebrou. Some-se as dificuldades com o Programa de Acessibilidade Inclusiva (PAI), que é alvo de críticas por parte dos usuários. Outro ponto a ser discutido é a realização do censo municipal da pessoa com deficiência, que deverá ser assinado este ano para sua realização.
Foto: Lucas Leite/Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas 

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