quarta-feira, 14 de maio de 2014

Comissão de Segurança ouve polícias Civil e Militar


A busca de um terreno para que seja construída a sede definitiva da 2ª Delegacia Seccional de Campinas e a garantia de que as unidades policiais hoje instaladas no município não fecharão ou serão aglutinadas sem que antes haja um debate público efetivo com a sociedade e os poderes executivo e legislativo locais. Essas foram duas colocações do novo diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter 2), delegado Kleber Altale, durante a reunião ordinária da Comissão Permanente para os Assuntos de Segurança Pública da Câmara Municipal que aconteceu hoje.

“Vou me esforçar para acharmos um terreno onde possamos instalar com dignidade a 2ª Seccional e fazê-la trabalhar a todo o vapor. A sede atual é temporária. Mas isso não significa que ficaremos de braços cruzados. Recebemos ontem 59 novos policiais e reforçamos todos os distritos, além da DIG e da Dise. É minha meta: estruturar o que hoje existe da melhor forma possível. Há um déficit de pessoal? É claro que há. Buscamos sanar esse problema? Claro que sim. Mas jamais chegaremos ao número ideal. Por que a cidade cresce, homens se aposentam, são exonerados. Mas, no que depender de mim, farei tudo para conseguir mais homens e adequá-los de acordo com a necessidade”, afirmou o delegado Altale.

O diretor do Deinter 2 frisou que para se estruturar ou criar uma nova DIG ou uma nova Dise, por exemplo, há uma demanda de tempo e preparo de pessoal. Por isso, o melhor inicialmente é reforçar o que já existe. “E não vamos fechar DPs ou aglutiná-los. Vamos qualificá-los, levar pessoal para eles. Vou buscar recursos humanos para todos. Só que a sociedade tem de compreender que é demorado se formar uma policial. Há o tempo de Academia, treinamento. A Polícia é uma profissão de doação institucional e para a comunidade. Mas posso dizer que já há uma nova turma de investigadores se formando em quatro meses e mais escrivães virão para a função. O que eu posso dizer é que não estou de brincadeira aqui. Vamos dotar de pessoal o que já existe, fortalecermos cada unidade e só depois pensarmos em ampliar”, disse o delegado Altale.



POLÍCIA MILITAR

Quem esteve presente também na reunião da Comissão de Segurança foi o major PM Marci Elber, comandante do 35º Batalhão do Interior. Ele falou sobre o esforço da corporação para o trabalho que será feito durante a Copa do Mundo. “Desde 2007, quando o Brasil foi escolhido para sediar o torneio, a Polícia Militar vem se preparando. E agora, com a formação da Companhia da Copa, que foi treinada para o evento, certamente estamos mais preparados para garantir o deslocamento das seleções, a chegada de delegações em Viracopos, a segurança dos locais de treinamento, os turistas. Mas, para que não haja nenhum problema, inclusive no patrulhamento normal dos municípios, todas as folgas e férias foram suspensas durante o período do torneio”, afirmou o major.

O oficial da PM trouxe números sobre a criminalidade e mostrou que a Operação Coruja, destinada a desarticular ações de quadrilhas que atacam caixas eletrônicos, foi um sucesso. “Houve um reforço do nosso patrulhamento em áreas bancárias. Além disso, um cerco ao roubo de dinamites e prisões de quadrilhas se juntaram para o êxito e redução de casos. Mas nós sabemos que a vigilância tem de ser contínua. Não podemos baixar a guarda”, explicou o major Marci.

Para o comandante do 35º Batalhão, outros números mostram a eficiência da PM no combate à criminalidade. “O Copom (Centro de Operações da PM) atende cerca de 8 mil ligações por dia. E vai desde assistência social, criança desaparecida e briga de casais a ações de confronto propriamente ditas. Não paramos nunca. Muitos acham que o tráfico cresceu na cidade, pelas notícias que saem na imprensa sobre esse crime. Mas, na verdade, cresceram as prisões. Em comparação ao primeiro trimestre do ano passado, em números, perdemos apenas em homicídios e roubos em geral. Mas neste ano tivemos a chacina do Ouro Verde e, no caso dos roubos, as pessoas podem fazer o BO eletrônico, o que ampliou o número de quem sofreu esse crime”, diz o major. “Mas saibam que há uma média mensal de prisões de 231 criminosos e a retirada das ruas de 28 armas no mesmo período, além de 74 mil ações gerais da PM. Estamos agindo”, enfatizou o militar.

A reunião da Comissão de Segurança foi presidida pelo vereador Thiago Ferrari (PTB) e teve a presença dos vereadores André von Zuben (PPS) e Pastor Elias Azevedo (PSB). Tico Costa (SDD), que é o presidente da Comissão, não pôde participar por que sua mulher está hospitalizada.
Foto: Lucas Leite/Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas 

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