A busca
de um terreno para que seja construída a sede definitiva da 2ª
Delegacia Seccional de Campinas e a garantia de que as unidades
policiais hoje instaladas no município não fecharão ou serão
aglutinadas sem que antes haja um debate público efetivo com a
sociedade e os poderes executivo e legislativo locais. Essas foram
duas colocações do novo diretor do Departamento de Polícia
Judiciária de São Paulo Interior (Deinter 2), delegado Kleber
Altale, durante a reunião ordinária da Comissão Permanente para os
Assuntos de Segurança Pública da Câmara Municipal que aconteceu
hoje.
“Vou me
esforçar para acharmos um terreno onde possamos instalar com
dignidade a 2ª Seccional e fazê-la trabalhar a todo o vapor. A sede
atual é temporária. Mas isso não significa que ficaremos de braços
cruzados. Recebemos ontem 59 novos policiais e reforçamos todos os
distritos, além da DIG e da Dise. É minha meta: estruturar o que
hoje existe da melhor forma possível. Há um déficit de pessoal? É
claro que há. Buscamos sanar esse problema? Claro que sim. Mas
jamais chegaremos ao número ideal. Por que a cidade cresce, homens
se aposentam, são exonerados. Mas, no que depender de mim, farei
tudo para conseguir mais homens e adequá-los de acordo com a
necessidade”, afirmou o delegado Altale.
O diretor
do Deinter 2 frisou que para se estruturar ou criar uma nova DIG ou
uma nova Dise, por exemplo, há uma demanda de tempo e preparo de
pessoal. Por isso, o melhor inicialmente é reforçar o que já
existe. “E não vamos fechar DPs ou aglutiná-los. Vamos
qualificá-los, levar pessoal para eles. Vou buscar recursos humanos
para todos. Só que a sociedade tem de compreender que é demorado se
formar uma policial. Há o tempo de Academia, treinamento. A Polícia
é uma profissão de doação institucional e para a comunidade. Mas
posso dizer que já há uma nova turma de investigadores se formando
em quatro meses e mais escrivães virão para a função. O que eu
posso dizer é que não estou de brincadeira aqui. Vamos dotar de
pessoal o que já existe, fortalecermos cada unidade e só depois
pensarmos em ampliar”, disse o delegado Altale.
POLÍCIA MILITAR
Quem
esteve presente também na reunião da Comissão de Segurança foi o
major PM Marci Elber, comandante do 35º Batalhão do Interior. Ele
falou sobre o esforço da corporação para o trabalho que será
feito durante a Copa do Mundo. “Desde 2007, quando o Brasil foi
escolhido para sediar o torneio, a Polícia Militar vem se
preparando. E agora, com a formação da Companhia da Copa, que foi
treinada para o evento, certamente estamos mais preparados para
garantir o deslocamento das seleções, a chegada de delegações em
Viracopos, a segurança dos locais de treinamento, os turistas. Mas,
para que não haja nenhum problema, inclusive no patrulhamento normal
dos municípios, todas as folgas e férias foram suspensas durante o
período do torneio”, afirmou o major.
O oficial
da PM trouxe números sobre a criminalidade e mostrou que a Operação
Coruja, destinada a desarticular ações de quadrilhas que
atacam caixas eletrônicos, foi um sucesso. “Houve um reforço do
nosso patrulhamento em áreas bancárias. Além disso, um cerco ao
roubo de dinamites e prisões de quadrilhas se juntaram para o êxito
e redução de casos. Mas nós sabemos que a vigilância tem de ser
contínua. Não podemos baixar a guarda”, explicou o major Marci.
Para o
comandante do 35º Batalhão, outros números mostram a eficiência
da PM no combate à criminalidade. “O Copom (Centro de Operações
da PM) atende cerca de 8 mil ligações por dia. E vai desde
assistência social, criança desaparecida e briga de casais a ações
de confronto propriamente ditas. Não paramos nunca. Muitos acham que
o tráfico cresceu na cidade, pelas notícias que saem na imprensa
sobre esse crime. Mas, na verdade, cresceram as prisões. Em
comparação ao primeiro trimestre do ano passado, em números,
perdemos apenas em homicídios e roubos em geral. Mas neste ano
tivemos a chacina do Ouro Verde e, no caso dos roubos, as pessoas
podem fazer o BO eletrônico, o que ampliou o número de quem sofreu
esse crime”, diz o major. “Mas saibam que há uma média mensal
de prisões de 231 criminosos e a retirada das ruas de 28 armas no
mesmo período, além de 74 mil ações gerais da PM. Estamos
agindo”, enfatizou o militar.
A reunião
da Comissão de Segurança foi presidida pelo vereador Thiago Ferrari
(PTB) e teve a presença dos vereadores André von Zuben (PPS) e
Pastor Elias Azevedo (PSB). Tico Costa (SDD), que é o presidente da
Comissão, não pôde participar por que sua mulher está
hospitalizada.
Foto: Lucas Leite/Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas
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