quinta-feira, 13 de junho de 2013

CIMCamp vai à reunião da Comissão para Assuntos de Segurança


Chegar a 5 mil câmeras espalhadas no município sob a gestão do sistema da Central Integrada de Monitoramento (CIMCamp). Esta é a projeção que o diretor do órgão, Nelson Cayres, fez aos vereadores que integram a Comissão para Assuntos de Segurança em reunião realizada na Câmara. Para atingir esta meta, além dos equipamentos próprios que a Prefeitura já tem e virá a instalar, há a integração de câmeras da rede bancária, empresas e até da população em geral. Como um primeiro ponto dessa ação de parceria de transferência de tecnologia, inclusive, ontem (12/06), três agências do Itaú/Unibanco passaram a disponibilizar as imagens de 8 equipamentos à CIMCamp. “Só com o Itaú/Unibanco serão 74 agências com quatro câmeras em média, cada, para integrarem o sistema no futuro. A Caixa Econômica Federal e o Bradesco também estão em conversações avançadas para fazerem parte da rede”, afirmou Cayres. Essas imagens externas, de posse da CIMCamp, serão supervisionadas pela Guarda Municipal, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Emdec, que integram o monitoramento hoje. A gravação de imagens das agências ficará garantida em arquivo por 30 dias, para possíveis investigações, e quando o sistema estiver renovado, com software inteligente aplicado, será possível uma ação quase instantânea quando se detectar algo suspeito.
Com um pedido de 0,5% do orçamento do próximo ano para renovação da CIMCamp – cerca de R$ 18 milhões -, a intenção da modernização do órgão, com a compra de software e câmeras, além da adequação do prédio, é voltar a ser referência para o País. Na parte física da sede, há a previsão da construção de um heliporto da chegada do setor de gerenciamento de crise da Defesa Civil para ampliar a equipe.
Na verdade, segundo Cayres, o esforço é quase o de recomeçar um processo. “Quando assumimos a CIMCamp, havia 220 câmeras no sistema. Destas, tínhamos algumas sem movimento, com lente embaçada, defeitos variados. Só para se ter uma ideia, o equipamento mais novo era de 2006 e não se comprava nenhuma peça de reposição desde 2011. Não bastasse, a rede de fibras tinha pontos rompidos, os computadores estavam literalmente zerados, sem nenhuma informação. Com esforço, usando as peças de umas câmeras para consertar outras, chegamos às 320 do sistema atualmente. Mas há a necessidade de modernizar tudo”, diz Cayres.
Segundo o diretor da CIMCamp, a urgência é por que a tecnologia de monitoramento se desenvolve rapidamente e o software hoje existente no órgão é de plataforma fechada, ou seja, não está em condições de integrar novas tecnologias, como a de captura de placas de veículos. “É preciso ter um software de tecnologia aberta, moderno, que possa integrar vários equipamentos de monitoramento diferentes”, afirma.

PARCERIAS
Com as parcerias junto ao setor privado, a expectativa é de que o sistema ganhe em agilidade. Uma dessas ações, por exemplo, está sendo adotada com 40 condomínios localizados no Alto da Nova Campinas. Eles farão um investimento de 3,5 quilômetros de rede de fibra ótica para o sistema da CIMCamp, num total de cerca de R$ 700 mil, e disponibilizarão 18 novas câmeras, sem oito fixas e 10 do tipo dome, com capacidade da coleta de placas de veículos. “Eles comprarão os equipamentos e a Prefeitura assume a manutenção posterior, com as imagens controladas na CIMCamp”, explica Nelson Cayres. Esse tipo de parceria, somado à rede bancária e novos setores que se integrem, ajudará Campinas a virar uma cidade inteligente.

REDE DE FIBRAS
Para viabilizar um futuro sistema integrado e eficiente, através da utilização de fibras óticas, Campinas tem hoje 205 quilômetros de rede. Entretanto, parte dela também funciona com tecnologia de radiotransmissão, que é instável a intempéries. Já está em licitação a instalação de mais 165 quilômetros de fibras para este ano. Elas seriam implantadas nas unidades de Saúde e de Educação, com verba das secretarias afins, e sob a administração da CIMCamp.
Na verdade, o órgão tem mudado a realidade da rede de diversas formas. Em abril deste ano, por exemplo, foi feita junto à CPFL a homologação de 10.037 postes por onde passam a rede de fibra ótica. Antes, por ser considerada uma rede “clandestina”, funcionários terceirizados da CPFL rompiam os cabos, derrubando cerca de 50 câmeras de uma vez só. Com a nova gestão dos postes – que em janeiro próximo passarão para a responsabilidade da Prefeitura -, e alteração do sistema, esse problema não acontecerá mais. Em, caso de algum rompimento, no máximo só duas ou três câmeras deixarão o sistema e a CIMCamp saberá onde se deu o problema de forma instantânea para o conserto.

SALA-COFRE
Outra novidade que a futura CIMCamp terá é a criação de uma “sala-cofre”, sob a gestão da Secretaria Municipal de Segurança Pública. Nela se dará todo o monitoramento das imagens do sistema de câmeras, com o intuito de criar uma política integrada de segurança. Com isso, membros da Guarda Municipal e das polícias Federal, Civil e Militar poderão, de posse e estudo das imagens, definir ações. “Com o uso de vídeos analíticos, poderemos identificar ações suspeitas. O próprio sistema detectará algo fora do normal e irá dispara um alarme na tela que só deixará de tocar quando todas as medidas necessárias forem tomadas por quem estiver gerenciando o sistema na hora”, enfatiza Cayres.
“Mas o importante é ver também que a CIMCamp não está apenas voltada à segurança pública. Quando instalado o sistema, na sua integralidade, será possível à Prefeitura disponibilizar informações ao munícipe de corredores de trânsito de forma on line e instantânea; integrar câmeras de ônibus para avisar ao usuário onde se encontra o veículo; checar e monitorar estoques em almoxarifados; ver como está a situação em centros de saúde e em escolas; eliminar ligações telefônicas e fazê-las a um custo zero; assim como a transmissão de dados e imagens, entre tantas coisas mais”, diz Cayres.
“Mas, hoje, com todas as limitações existentes, a CIMCamp tem executado o seu papel de integrar ações. No caso do desmoronamento que houve no Cambuí, por exemplo, recebemos uma ligação de um cidadão, às 7h53, dizendo que havia algo de errado acontecendo no local. E na nossa equipe há um representante da Emdec, que já disparou o alerta. Ou seja, essa integração de secretarias é essencial e faz de Campinas uma referência”, explica o diretor do órgão. Participaram do encontro com o diretor do CIMCamp os vereadores Tico Costa (PP), que preside da Comissão para Assuntos de Segurança Pública, André von Zuben (PPB) e Pastor Elias Azevedo (PSB).

 

Fotos: Assessoria de Imprensa do vereador André von Zuben 

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