terça-feira, 22 de outubro de 2013

Tico Costa e a cúpula do Solidariedade falam à imprensa e pregam autonomia municipal no diretório e independência quanto ao governo Jonas Donizette


Independência em relação ao governo Jonas Donizette (PSB) e garantia de participação efetiva dos militantes na vida e decisões partidárias. Esta foi a tônica da coletiva de imprensa dos três vereadores – Tico Costa, Zé Carlos e Cid Ferreira - e do presidente do Solidariedade (SDD), Dário Saadi, realizada nesta terça-feira (22/10), no Plenarinho da Câmara Municipal, para apresentar a nova bancada. Com a promessa de que em fevereiro do próximo ano o diretório municipal estará formalizado, após um prazo para a filiação formal de militantes, Saadi falou que a autonomia, sem dúvida, foi o diferencial para a chegada dos três vereadores. “Infelizmente, a quase totalidade dos partidos em Campinas tem apenas um diretório provisório. E isso se dá por que o diretório estadual ou o nacional querem manter as decisões centralizadas, em acordos que muitas vezes não são o que há de melhor para o município. No caso do Solidariedade, teremos total liberdade para, dentro das diretrizes partidárias, decidirmos o futuro político do partido na cidade”, disse o presidente do SDD.
Para Saadi, com diretório e executiva do partido eleitos em Campinas a militância saberá que é possível opinar, participar, ser escutada e efetivamente militar. “Pense nos partidos que só têm um diretório provisório. Passa pela cabeça dos seus filiados a seguinte questão: 'de que adianta eu militar se a decisão final, muitas vezes contrária à minha, será tomada em São Paulo ou em Brasília?' No caso do Solidariedade, queremos ser algo novo, com trabalho e propostas novas e consistentes, baseados no compromisso de respeito à instância municipal”.
Para o vereador Zé Carlos, que foi escolhido como líder da bancada do SDD (a terceira maior da Câmara Municipal), seu desligamento do PMDB teve essa autonomia como um dos pontos precípuos. “Não tenho restrição a nenhum partido em particular. Contudo, não ter um diretório formalizado no município é ruim para a vida política do partido, que fica sem autonomia. No caso do PMDB, há anos não se consegue formalizar uma executiva local. No Solidariedade, vamos poder pensar o que é melhor para a cidade”, afirmou Zé Carlos.
Já Cid Ferreira declarou que irá rebater qualquer crítica sobre a sua saída do PMDB com uma frase: “Meu compromisso é comigo mesmo”. “Eu só não mudo é de família, religião e clube, no caso o Guarani. Quanto ao resto, vou mudar sempre que houver necessidade. Era filiado ao PMDB, mas sou obrigado a dizer que ele deixou a desejar. Tinha críticas ao nosso diretório local, que sempre dependia do Estado para decidir qualquer determinação interna, até em relação a candidaturas próprias. No Solidariedade, nosso compromisso é ter candidato próprio à Prefeitura nas próximas eleições municipais. No PMDB não era possível sequer decidir isso por aqui. A verdade é que o PMDB, enquanto o Orestes Quércia era vivo, era outro” - afirmou Cid.
O outro integrante do SDD, Tico Costa, fez questão de agradecer ao PP como seu primeiro partido na vida pública, mas explicou que está em busca de maior autonomia e independência. “Nas eleições passadas, as decisões de candidaturas e coligações nos primeiro e segundo turnos, vieram de cima, foram impostas. No meu caso, sempre acreditei na independência como forma de se fazer política. De votar de acordo com a minha consciência. Poder participar das decisões partidárias em Campinas. Na na votação de um Projeto de Lei meu, sobre as filas na área da Saúde, por exemplo, que achava importante para a cidade, não tive sequer o apoio das bancada do meu partido para reverter o veto. No Solidariedade, o importante é que poderemos trazer os militantes para discutir e decidir o futuro político na cidade”, enfatizou Tico Costa.
INDEPENDÊNCIA
Esse futuro, inclusive, foi uma das tônicas da coletiva de imprensa. Para os quatro integrantes do SDD, a bancada chega à Câmara não para ser oposição ou sequer base do governo Jonas Donizette. Mas para ter independência de poder votar de acordo com os interesses dos munícipes. Segundo o vereador Zé Carlos, “não seremos aliados ou opositores ao governo Jonas Donizette. Manteremos independência para votar de acordo com cada questão. O que for bom para a cidade, terá nosso voto. Se acharmos que é ruim, votaremos contra. Não queremos e nem pediremos nenhuma secretaria municipal. Queremos apenas ser ouvidos naquilo que achamos ser o melhor para Campinas. E há muito a melhorar nas áreas de Saúde e Educação, por exemplo”.
Para Cid Ferreira, “um partido novo como o Solidariedade não precisa ser oposição ou situação. Precisa apenas lutar pelo bem da cidade, nas áreas da Saúde, Moradia, Transportes e 3ª Idade. Vamos lutar, por exemplo, pelo passe livre nos ônibus para aqueles com mais de 60 anos, ao invés de 65. E é possível obtê-lo. Outras cidades têm esta lei. Na verdade, não queremos ser apenas independentes do Executivo, queremos ser diferentes.”
Já o vereador Tico Costa bate na mesma tecla de um novo relacionamento com o Executivo: “É importante não estar subordinado a decisões que muitas vêm de cima, das esferas estadual e federal. Votar com a consciência própria, com o conhecimento que temos, como vereadores e moradores do município, daquilo que é o melhor para Campinas. Com a minha nova bancada, com dois homens experientes na vida pública, só há o que aprender na buscar do melhor”.
“O Solidariedade – afirmou o presidente municipal da legenda, Dário Saadi - tem uma proposta de valorizar o trabalhador em todas as instâncias. A adesão dos três vereadores foi muito bem discutida e todos terão, assim como os futuros filiados, ampla participação na esfera das decisões partidárias, no diretório. As coligações municipais serão decididas de forma democrática, com os militantes. Não seremos nem oposição e muito menos uma ala de adesão absurda a qualquer decisão do Executivo. Teremos independência, sem sermos oposição constante, mas com cobranças naquilo que estiver errado. Portanto, não seremos uma base cega. É papel do Legislativo cobrar e fiscalizar o Executivo, e o faremos. O importante é que o Solidariedade em Campinas respeitará sempre a linha partidária nacional, mas terá autonomia efetiva para suas decisões locais”. 

Fotos: Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal e Assessoria do vereador Tico Costa

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