quarta-feira, 20 de maio de 2015

Vigias de rua terão reunião ampliada na Câmara para discutir criação de associação


Um debate ampliado no dia 12 de agosto, no plenário da Câmara Municipal, entre vigias de rua e representantes das cúpulas das polícias Civil e Militar, além da Guarda Municipal, de onde sairá a decisão sobre a formação de uma associação da categoria com membros de Campinas ou a extensão da associação já existente em Jundiaí com uma subsede local, assim como o levantamento final de dados para a elaboração de um projeto de lei que regulamente o setor. Essa foi a decisão tomada hoje, durante a reunião da Comissão Permanente para os Assuntos de Segurança Pública, com a presença de integrantes de Consegs (Conselhos de Segurança), vigias e Secretaria Municipal de Segurança Pública.
O que pudemos ver até agora é que há uma realidade que deu certo, no caso de Jundiaí, onde há uma associação formada com cerca de 400 cadastrados, e uma experiência que pode surgir de Campinas, que tem uma outra realidade. Basta vermos os números: em Jundaí existem cerca de 800 vigias. Aqui eles chegam a 7 mil, segundo dados dos Consegs. Logo, é preciso que exista uma entidade estruturada para representar a categoria a partir do desejo da mesma”, afirmou o vereador Tico costa (SD), que preside a Comissão de Segurança da Câmara e coordenou a reunião de hoje junto com o parlamentar Jota Silva (PSB).
Na verdade, para ambos políticos, a importância de uma associação forte e representativa entre os vigias se dá pelo fato destes, depois da regulamentação da categoria, se transformarem numa espécie de “braço da segurança”, com participação efetiva junto à Polícia Civil e a GM no combate ao crime. “Teremos mais 7 mil pessoas ligadas a um projeto de segurança, se houver adesão total ao cadastramento. Senão, o certo é que muito mais gente se agregará num esforço de mais segurança. E o município só ganha com isso”, afirmou Jota Silva.


APOIO DO PODER EXECUTIVO
Para Marcos Alves Ferreira, representante dos Consegs no Conselho Integrado de Segurança Pública e de Defesa da Vida em Campinas e no Gabinete de Gestão Integrada do Município, na região do Taquaral já existe algo parecido com esse intuito: “Fizemos lá um cadastramento dos vigias e realizamos um curso com palestras de pessoas ligadas às polícias Civil e Militar, a Guarda Municipal e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Criamos uma carteirinha para que fez o curso. O que sabemos é que depois disso criou-se uma relação de respeito mútuo entre os vigias e as autoridades de segurança. Logo, há uma melhoria no serviço. Além disso, os vigias são, na sua maioria, cidadãos de bem e que merecem os benefícios de ver sua profissão regulamentada”.
Segundo o representante da Secretaria Municipal de Segurança Pública, Marcelo Silva, o apoio do Poder Executivo é total à regulamentação da categoria. “Sem dúvida, não apenas a Polícia Civil, a quem cabe fazer o cadastramento desse pessoal, seria beneficiada com uma rede ampliada de mais gente a visar a defesa do cidadão. A GM, com certeza, no seu Setor de Inteligência, também ganharia aliados importantes. Afinal, os guardas têm setores definidos em bairros e o conhecimento entre eles e os vigias traz mais qualidade ao serviço exercido”.
Assim, o dia 12 de agosto, será um marco para esse intercâmbio dar o primeiro passo rumo à sua regulamentação. No encontro, que terá uma ampla divulgação entre os vigias hoje trabalhando em Campinas, a categoria definirá o tipo de associação que quer e poderá falar aos representantes das cúpulas da PM, Polícia Civil, GM e os vereadores quais são as suas aspirações e dificuldades. “Neste dia traremos também os dirigentes da associação de Jundiaí e o delegado seccional de lá, Luiz Carlos Branco Júnior, para um amplo e, quem sabe, definitivo debate sobre o tema, com o início do escopo de uma lei para o setor”, enfatizou Tico Costa.


(Fotos: Lucas Leite/Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas)

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