Um
debate ampliado no dia 12 de agosto, no plenário da Câmara
Municipal, entre vigias de rua e representantes das cúpulas das
polícias Civil e Militar, além da Guarda Municipal, de onde sairá
a decisão sobre a formação de uma associação da categoria com
membros de Campinas ou a extensão da associação já existente em
Jundiaí com uma subsede local, assim como o levantamento final de
dados para a elaboração de um projeto de lei que regulamente o
setor. Essa foi a decisão tomada hoje, durante a reunião da
Comissão Permanente para os Assuntos de Segurança Pública, com a
presença de integrantes de Consegs (Conselhos de Segurança), vigias
e Secretaria Municipal de Segurança Pública.
“O
que pudemos ver até agora é que há uma realidade que deu certo, no
caso de Jundiaí, onde há uma associação formada com cerca de 400
cadastrados, e uma experiência que pode surgir de Campinas, que tem
uma outra realidade. Basta vermos os números: em Jundaí existem
cerca de 800 vigias. Aqui eles chegam a 7 mil, segundo dados dos
Consegs. Logo, é preciso que exista uma entidade estruturada para
representar a categoria a partir do desejo da mesma”, afirmou o
vereador Tico costa (SD), que preside a Comissão de Segurança da
Câmara e coordenou a reunião de hoje junto com o parlamentar Jota
Silva (PSB).
Na
verdade, para ambos políticos, a importância de uma associação
forte e representativa entre os vigias se dá pelo fato destes,
depois da regulamentação da categoria, se transformarem numa
espécie de “braço da segurança”, com participação efetiva
junto à Polícia Civil e a GM no combate ao crime. “Teremos mais 7
mil pessoas ligadas a um projeto de segurança, se houver adesão
total ao cadastramento. Senão, o certo é que muito mais gente se
agregará num esforço de mais segurança. E o município só ganha
com isso”, afirmou Jota Silva.
APOIO
DO PODER EXECUTIVO
Para
Marcos Alves Ferreira, representante dos Consegs no Conselho
Integrado de Segurança Pública e de Defesa da Vida em Campinas e no
Gabinete de Gestão Integrada do Município, na região do Taquaral
já existe algo parecido com esse intuito: “Fizemos lá um
cadastramento dos vigias e realizamos um curso com palestras de
pessoas ligadas às polícias Civil e Militar, a Guarda Municipal e a
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Criamos uma carteirinha para que
fez o curso. O que sabemos é que depois disso criou-se uma relação
de respeito mútuo entre os vigias e as autoridades de segurança.
Logo, há uma melhoria no serviço. Além disso, os vigias são, na
sua maioria, cidadãos de bem e que merecem os benefícios de ver sua
profissão regulamentada”.
Segundo
o representante da Secretaria Municipal de Segurança Pública,
Marcelo Silva, o apoio do Poder Executivo é total à regulamentação
da categoria. “Sem dúvida, não apenas a Polícia Civil, a quem
cabe fazer o cadastramento desse pessoal, seria beneficiada com uma
rede ampliada de mais gente a visar a defesa do cidadão. A GM, com
certeza, no seu Setor de Inteligência, também ganharia aliados
importantes. Afinal, os guardas têm setores definidos em bairros e o
conhecimento entre eles e os vigias traz mais qualidade ao serviço
exercido”.
Assim,
o dia 12 de agosto, será um marco para esse intercâmbio dar o
primeiro passo rumo à sua regulamentação. No encontro, que terá
uma ampla divulgação entre os vigias hoje trabalhando em Campinas,
a categoria definirá o tipo de associação que quer e poderá falar
aos representantes das cúpulas da PM, Polícia Civil, GM e os
vereadores quais são as suas aspirações e dificuldades. “Neste
dia traremos também os dirigentes da associação de Jundiaí e o
delegado seccional de lá, Luiz
Carlos Branco Júnior, para
um amplo e, quem sabe, definitivo debate sobre o tema, com o início
do escopo de uma lei para o setor”, enfatizou Tico Costa.
(Fotos: Lucas Leite/Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas)
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