quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Região dos residenciais Sirius e Cosmos sofre com ônibus lotados

Ônibus lotados com pessoas em pé e apertadas para um trecho que inclui no trajeto a Avenida John Boyd Dunlop com engarrafamento nos horários de pico e lentidão no trânsito. Essa foi a realidade que os vereadores da comissão especial de estudos da Câmara Municipal que avalia a pontualidade e itinerários dos ônibus do sistema de transporte urbano viram hoje (29/10). Uma rotina para quem mora nos bairros Residencial Cosmos, Residencial Sirius e proximidades, na região Noroeste. O alvo principal da diligência foi a linha 2.24 – Residencial Sirius/Terminal Central via Residencial Cosmos, uma das mais criticadas pelos usuários nas reclamações encaminhadas aos gabinetes dos parlamentares.
Os integrantes da comissão chegaram às 7h30 na Rua Bento Rodrigues Coelho, um dos “pontos finais” da linha, e ouviram uma série de reclamações da população. “A verdade é que nós sequer sabemos qual é o ponto final da linha. Ninguém sabe direito, depende do motorista. O certo é que os ônibus já chegam aqui lotados e saem mais lotados ainda”, afirmou a comerciária Kátia Ventura Rozendo, em pé numa longa fila. “Aqui não tem ônibus, tem lata de sardinha”, criticou um senhor. No ponto, com cobertura de concreto, não há sequer banco para as pessoas sentarem. Muitos improvisam com blocos de construção para suportarem a espera. A maioria fica ao sol.
A linha 2.24 é a 209ª do transporte público coletivo municipal (Sistema InterCamp) e foi criada em abril último, após a entrega de mais unidades do Programa Minha Casa Minha Vida, base das residências da região. Para usuários, além do excesso de passageiros, outro problema que atrapalha a linha é o acesso de gestantes, mães com crianças que vão para as creches ou cadeirantes ao transporte coletivo. Segundo denúncias da população, os ônibus raramente param para esse público. Durante a diligência da comissão, um veículo da 2.24 (com o número 2009) não parou para pessoas que estavam num ponto do Jardim Garcia. Na Avenida John Boyd Dunlop ele passou direto, pelo lado esquerdo da pista, apesar do aceno de diversos usuários.
O que pudemos ver é que a região precisa de carros articulados, com mais vagas para passageiros. Os atuais não atendem a demanda. Nos horários de pico, fica inviável. Ouvimos de um morador que há dez carros na linha, com tempo de intervalo médio de 20 minutos, mas esses lotam rapidamente, já na saída, e o número de pessoas em pé é enorme. Na volta, à tarde, no Terminal Central, o problema é ainda maior”, afirmou o vereador Tico Costa (SDD), presidente da comissão de estudos, que liderou a diligência da qual participaram também os outros integrantes – Jorge Schneider (PTB), Carlinhos Camelô (PT) e Professor Alberto (PR).


MAIS RECLAMAÇÕES
Outra reclamação ouvida pelos parlamentares foi em relação à continuidade do asfalto na Rua Vera Lúcia Tognolo Aggio, que faz parte da linha do ônibus mas teve a pavimentação interrompida num trecho. Parte da 8ª fase do Residencial Sirius (Condomínio A4 – Campo das Margaridas), o asfaltamento da rua era contrapartida da Construtora PDG Goldfarb e não aconteceu. A comissão decidiu que vai encaminhar um requerimento à Prefeitura questionando por que o acordo não foi cumprido pela empresa. A pavimentação garantiria um melhor acesso e rapidez à linha 2.24.
Outras reclamações dos moradores que os vereadores da comissão também ouviram e encaminharão são: a falta de área de lazer para a população dos dois residenciais; a abertura de uma via de acesso para a Rodovia dos Bandeirantes e o fato da unidade de saúde da região ser insuficiente para atender a demanda. No caso da Rodovia dos Bandeirantes, os parlamentares tentarão a inclusão do pedido da população junto às bancadas dos partidos na Assembleia Legislativa. Já a parte referente ao lazer e a área da Saúde serão demandas encaminhadas para o poder Executivo local.

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