Uma
redução em Campinas em torno de 30% no roubo de veículos, entre
setembro de 2013 e setembro deste ano. Já em relação ao mês de agosto deste ano a queda foi de 20%. Com esses números, divulgados
pelo delegado do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo
Interior - Deinter 2, Renato Lauer, fez-se o balanço de um mês da
operação para cumprimento da Lei dos Desmanches. Tema da reunião
da Comissão Permanente para os Assuntos de Segurança Pública da
Câmara Municipal, a operação, segundo Lauer, além do fechamento
de sete estabelecimentos no município, fez com que os outros 49
ainda em funcionamento tenham até o dia 30 de novembro para cumprir
todos os requisitos junto ao Detran, que está com a documentação
de cada um em apreciação. “Depois desse prazo, de adequação dos
estabelecimentos às regras da Lei Federal 12.977, voltaremos à
fiscalização nas ruas. O importante é que já quebramos uma parte
da cadeia de distribuição de peças roubadas”, afirmou o delegado
do Deinter 2.
Presidida
pelo vereador Tico Costa (SD), a comissão discutiu a lei que
determina que as empresas que operam no setor de desmanche de
veículos deverão ter inscrição nos órgãos fazendários e alvará
de funcionamento expedidos por uma autoridade local, além de obterem
registro junto ao Detran. Na verdade, a queda no roubo de veículos
deverá trazer junto com ela outro impacto importante para a cadeia
automotiva: uma redução na fraude no seguro de veículos. De acordo
com dados do Departamento de Investigações de Crimes Patrimoniais
de São Paulo, em média um em cada cinco veículos roubados no
Estado é “picotado” a mando do próprio dono, após ser
“vendido” a desmanches ilegais.
“O
certo é que cada estabelecimento do setor recebeu uma cópia da
legislação para que o seu proprietário posteriormente não alegue
ignorância da questão”, afirmou o delegado do Deinter 2, Renato
Lauer. Segundo o policial, quem não se adequar estará não poderá
funcionar e ser enquadrado em processo administrativo junto ao
Detran, como também estará em exercício irregular da profissão.
Logo, com lacração posterior
AÇÃO
ESTADUAL
Segundo
Lauer, alguns podem tentar escapar da legislação ao mudarem a razão
de seu trabalho junto à Secretaria de Estado da Fazenda de desmanche
para o comércio de peças novas, mas não deixarão de estar sob a
mira da polícia. “Tentar trocar de cidade também irá resolver
muito, por que essa ação é estadual. Aconteceram lacrações
também em Jundiaí, Várzea Paulista, Indaiatuba, Bragança
Paulista, Itapira e Tuiuti. Na Capital, por exemplo, desmanches
clandestinos foram emparedados. Aqui temos optado pela lacração”,
afirma o delegado. Ele lembra ainda que a Polícia Civil vem agindo
contra esse tipo de crime desde 2006, quando havia 126 desmanches em
Campinas. Hoje são 56.
“Sem
dúvida, esse tipo de informação é importante. Saber que caiu o
número do roubo de veículos e que há uma efetiva união de forças
e setores de inteligência de diversos órgãos policiais, estaduais
e municipais para barrar com o comércio ilegal de peças em
Campinas, é apontar que o caminho para que esse tipo de crime
organizado tenha um arrefecimento”, diz o vereador Tico Costa.
Estiveram ainda no encontro da Câmara o diretor de Controle Urbano
da Secretaria Municipal de Urbanismo, Moacir Martins; o assessor
técnico da Secretaria de Segurança, Francisco Sellin; e o vereador
e membro da Comissão André von Zuben (PPS).
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