quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Ação contra desmanches clandestinos reduz em 30% o roubo de veículos em Campinas

Uma redução em Campinas em torno de 30% no roubo de veículos, entre setembro de 2013 e setembro deste ano. Já em relação ao mês de agosto deste ano a queda foi de 20%. Com esses números, divulgados pelo delegado do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior - Deinter 2, Renato Lauer, fez-se o balanço de um mês da operação para cumprimento da Lei dos Desmanches. Tema da reunião da Comissão Permanente para os Assuntos de Segurança Pública da Câmara Municipal, a operação, segundo Lauer, além do fechamento de sete estabelecimentos no município, fez com que os outros 49 ainda em funcionamento tenham até o dia 30 de novembro para cumprir todos os requisitos junto ao Detran, que está com a documentação de cada um em apreciação. “Depois desse prazo, de adequação dos estabelecimentos às regras da Lei Federal 12.977, voltaremos à fiscalização nas ruas. O importante é que já quebramos uma parte da cadeia de distribuição de peças roubadas”, afirmou o delegado do Deinter 2.
Presidida pelo vereador Tico Costa (SD), a comissão discutiu a lei que determina que as empresas que operam no setor de desmanche de veículos deverão ter inscrição nos órgãos fazendários e alvará de funcionamento expedidos por uma autoridade local, além de obterem registro junto ao Detran. Na verdade, a queda no roubo de veículos deverá trazer junto com ela outro impacto importante para a cadeia automotiva: uma redução na fraude no seguro de veículos. De acordo com dados do Departamento de Investigações de Crimes Patrimoniais de São Paulo, em média um em cada cinco veículos roubados no Estado é “picotado” a mando do próprio dono, após ser “vendido” a desmanches ilegais.
“O certo é que cada estabelecimento do setor recebeu uma cópia da legislação para que o seu proprietário posteriormente não alegue ignorância da questão”, afirmou o delegado do Deinter 2, Renato Lauer. Segundo o policial, quem não se adequar estará não poderá funcionar e ser enquadrado em processo administrativo junto ao Detran, como também estará em exercício irregular da profissão. Logo, com lacração posterior

AÇÃO ESTADUAL
Segundo Lauer, alguns podem tentar escapar da legislação ao mudarem a razão de seu trabalho junto à Secretaria de Estado da Fazenda de desmanche para o comércio de peças novas, mas não deixarão de estar sob a mira da polícia. “Tentar trocar de cidade também irá resolver muito, por que essa ação é estadual. Aconteceram lacrações também em Jundiaí, Várzea Paulista, Indaiatuba, Bragança Paulista, Itapira e Tuiuti. Na Capital, por exemplo, desmanches clandestinos foram emparedados. Aqui temos optado pela lacração”, afirma o delegado. Ele lembra ainda que a Polícia Civil vem agindo contra esse tipo de crime desde 2006, quando havia 126 desmanches em Campinas. Hoje são 56.
“Sem dúvida, esse tipo de informação é importante. Saber que caiu o número do roubo de veículos e que há uma efetiva união de forças e setores de inteligência de diversos órgãos policiais, estaduais e municipais para barrar com o comércio ilegal de peças em Campinas, é apontar que o caminho para que esse tipo de crime organizado tenha um arrefecimento”, diz o vereador Tico Costa. Estiveram ainda no encontro da Câmara o diretor de Controle Urbano da Secretaria Municipal de Urbanismo, Moacir Martins; o assessor técnico da Secretaria de Segurança, Francisco Sellin; e o vereador e membro da Comissão André von Zuben (PPS).

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