São
Paulo é o estado que lidera o número de roubo de cargas no País. E
é a nossa região que tem uma denominação especial: “Triângulo
das Bermudas” (espaço
formado
por Campinas, Hortolândia e Sumaré), onde o caminhão e a carga
conseguem desaparecer do mapa em poucos minutos. Este ano, apesar do
esforço das polícias civil, federal e militar, o número de ações
criminosas continua alto, inclusive com o assassinato de
caminhoneiros e
roubos onde até rodovia é fechada.
Diante dessa realidade, a Comissão para os Assuntos de Segurança
Pública da Câmara de Campinas se reúne na próxima quarta-feira
(10/06), na Sala Sylvia Paschoal (Plenarinho), às 14h, para discutir
o tema.“Há
aproximadamente um ano e meio nos reunimos com especialistas para
debater esse
assunto e,
infelizmente,
essa realidade se mantém. As
estatísticas
demonstram
que os
produtos eletroeletrônicos e
farmacêuticos
são os principais alvos das quadrilhas do asfalto, além
dos
gêneros alimentícios. Como centro dos roubos estão as rodovias
Anhanguera (SP-330), Bandeirantes (SP-348) e D. Pedro (SP-065), que
cortam Campinas. Na
verdade, concentramos
diversas
montadoras de eletroeletrônicos e
o
fluxo de mercadorias têm como destino o Aeroporto de Viracopos.”,
afirma o presidente da comissão, Tico Costa (SD).No
“Triângulo das Bermudas”, agem as quadrilhas
ligadas ao crime organizado – o chamado crime estruturado – que
visa cargas com valores acima de R$ 100 mil. “Como
já afirmou um especialista no assunto, o
ladrão não é burro. Ele
vai para onde o dinheiro está. No
caso, São
Paulo, com ênfase na
região de Campinas”, enfatiza o vereador, lembrando que as
quadrilhas têm informações privilegiadas e muitas vezes as ações
se dão de forma idêntica, nos mesmos pontos. Por
isso,
o
debate da comissão enfatizará saídas e outra meta: interromper
a escalada do roubo de cargas e
atacar o receptador final. “Só existe o roubo por que há o
receptador. Enquanto não combatermos também
essa
realidade, não interromperemos o ciclo”, diz
Tico Costa.No
ano passado, o roubo
de cargas chegou a 15,2 mil casos registrados em todo o país,
segundo levantamento divulgado pela Associação Nacional dos
Transportadores de Carga & Logística (NTC&Logística)
no dia 16 de dezembro. Esse
número representa um dado alarmante: 42
casos por dia, com
prejuízos
que
somam
R$ 1 bilhão para
o setor.
A região Sudeste concentra 81,2% dos roubos, sendo que somente São
Paulo contabiliza 52,2% destes.
Neste
quadro, um dado que joga a favor das quadrilhas de roubos de carga:
em
São
Paulo, que
é responsável por mais de 30%
do PIB nacional, a matriz de transporte tem
nas rodovias mais
de 90%
do que
é produzido e comercializado.
PARTICIPANTES DO ENCONTRO
PARTICIPANTES DO ENCONTRO
Para
reunião já confirmaram a presença o
coronel Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da Federação
das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de São Paulo
(Fetcesp); Edson Roberto Beraldo, assessor de segurança do Sindicato
das Empresas de Transportes de Cargas de Campinas e Região
(Sindicamp);
o delegado
responsável pelo 2º Deinter, Kleber Altale; o
vice-presidente
Paulo Rogério Rizo (MS Serviços de Segurança) e o delegado
federativo
Ronaldo Toneloto (Grupo Protege)
pelo
Sindicato das Empresas de Escolta do Estado de São Paulo (Semeesp); e o
delegado da Polícia Federal, responsável
pela Comunicação Social do órgão,
Jessé
Coelho
de Almeida.
Da Comissão de Segurança fazem parte, além
de Tico Costa, os vereadores André
Von Zuben (PPS), Jota Silva (PSB), Carlão do PT e Gilberto Vermelho
(PSDB).
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