segunda-feira, 8 de junho de 2015

Comissão presidida pelo Tico vai discutir o roubo de cargas na região


São Paulo é o estado que lidera o número de roubo de cargas no País. E é a nossa região que tem uma denominação especial: “Triângulo das Bermudas” (espaço formado por Campinas, Hortolândia e Sumaré), onde o caminhão e a carga conseguem desaparecer do mapa em poucos minutos. Este ano, apesar do esforço das polícias civil, federal e militar, o número de ações criminosas continua alto, inclusive com o assassinato de caminhoneiros e roubos onde até rodovia é fechada. Diante dessa realidade, a Comissão para os Assuntos de Segurança Pública da Câmara de Campinas se reúne na próxima quarta-feira (10/06), na Sala Sylvia Paschoal (Plenarinho), às 14h, para discutir o tema.Há aproximadamente um ano e meio nos reunimos com especialistas para debater esse assunto e, infelizmente, essa realidade se mantém. As estatísticas demonstram que os produtos eletroeletrônicos e farmacêuticos são os principais alvos das quadrilhas do asfalto, além dos gêneros alimentícios. Como centro dos roubos estão as rodovias Anhanguera (SP-330), Bandeirantes (SP-348) e D. Pedro (SP-065), que cortam Campinas. Na verdade, concentramos diversas montadoras de eletroeletrônicos e o fluxo de mercadorias têm como destino o Aeroporto de Viracopos.”, afirma o presidente da comissão, Tico Costa (SD).No “Triângulo das Bermudas”, agem as quadrilhas ligadas ao crime organizado – o chamado crime estruturado – que visa cargas com valores acima de R$ 100 mil. “Como já afirmou um especialista no assunto, o ladrão não é burro. Ele vai para onde o dinheiro está. No caso, São Paulo, com ênfase na região de Campinas”, enfatiza o vereador, lembrando que as quadrilhas têm informações privilegiadas e muitas vezes as ações se dão de forma idêntica, nos mesmos pontos. Por isso, o debate da comissão enfatizará saídas e outra meta: interromper a escalada do roubo de cargas e atacar o receptador final. “Só existe o roubo por que há o receptador. Enquanto não combatermos também essa realidade, não interromperemos o ciclo”, diz Tico Costa.No ano passado, o roubo de cargas chegou a 15,2 mil casos registrados em todo o país, segundo levantamento divulgado pela Associação Nacional dos Transportadores de Carga & Logística (NTC&Logística) no dia 16 de dezembro. Esse número representa um dado alarmante: 42 casos por dia, com prejuízos que somam R$ 1 bilhão para o setor. A região Sudeste concentra 81,2% dos roubos, sendo que somente São Paulo contabiliza 52,2% destes. Neste quadro, um dado que joga a favor das quadrilhas de roubos de carga: em São Paulo, que é responsável por mais de 30% do PIB nacional, a matriz de transporte tem nas rodovias mais de 90% do que é produzido e comercializado.

PARTICIPANTES DO ENCONTRO

Para reunião já confirmaram a presença o coronel Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de São Paulo (Fetcesp); Edson Roberto Beraldo, assessor de segurança do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Campinas e Região (Sindicamp); o delegado responsável pelo 2º Deinter, Kleber Altale; o vice-presidente Paulo Rogério Rizo (MS Serviços de Segurança) e o delegado federativo Ronaldo Toneloto (Grupo Protege) pelo Sindicato das Empresas de Escolta do Estado de São Paulo (Semeesp); e o delegado da Polícia Federal, responsável pela Comunicação Social do órgão, Jessé Coelho de Almeida. Da Comissão de Segurança fazem parte, além de Tico Costa, os vereadores André Von Zuben (PPS), Jota Silva (PSB), Carlão do PT e Gilberto Vermelho (PSDB).

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