quarta-feira, 22 de abril de 2015

Tico se reúne com diretores da Associação de Vigias de Jundiaí e Comissão de Segurança terá reunião com cúpula da Polícia Civil

Uma reunião ampliada com o delegado responsável pelo 2º Deinter, Kleber Altale, e os dois delegados seccionais de Campinas - José Carneiro de Campos Rolim Neto e Joel Antônio dos Santos – para apresentar a proposta do cadastramento de vigias de rua será a próxima etapa que a Comissão para Assuntos de Segurança Pública da Câmara fará para chegar ao escopo de uma lei que regulamente o setor. Nessa reunião, que acontece no próximo mês, representantes da associação da categoria que já existe em Jundiaí e o delegado seccional daquele município, Luiz Carlos Branco Júnior, também estarão presentes. “Será um encontro onde colocaremos à Polícia Civil de Campinas, que é a responsável legal pela fiscalização e ordenação do setor, a importância da regularização dos vigias”, afirmou o vereador Tico Costa (SD), presidente da comissão e que teve um encontro hoje, no seu gabinete, com o presidente e vice-presidente da entidade jundiaiense, Celso Antonio Mourão e Emerson Rogério Benezatto.
No encontro, um ponto foi destacado pela diretoria da associação de vigias de Jundiaí: um levantamento mostrou que o número de participação da categoria na elaboração de boletins de ocorrência (BOs) nas delegacias do município é de cerca de 80%. “Os vigias são como um braço da Polícia Civil. Como eles cuidam de ruas e bairros, muitos há vários anos, conseguem detectar tudo que tem de errado e diferente no lugar. A partir daí, um contato instantâneo com a polícia é feito e há o flagrante ou uma ajuda na investigação posterior que leva à prisão dos envolvidos”, afirma Emerson Rogério Benezatto, diretor da entidade.
Em Jundiaí, cerca de 800 vigias foram identificados pelo poder público desde 2010. Hoje há em torno de 400 deles cadastrados e recadastrados anualmente junto à Secretaria Estadual da Segurança Pública, sempre no mês de fevereiro, através da Divisão de Registros Diversos (DRD) do Departamento de Identificação e Registros Diversos (DIRD), por conta do trabalho do Setor de Inteligência da DIG de Jundiaí. Para que alguém obtenha a habilitação e exerça a função de vigia é necessário que o candidato não tenha antecedentes criminais e faça o cadastro junto a DIG, além de ter o seu histórico familiar levantado e garantir que há anuência dos moradores em tê-lo como vigia no lugar.

IMPORTÂNCIA DE REGULARIZAR
A importância da Polícia Civil nesse processo é que ela fará as operações para evitar que clandestinos ou pessoas ligadas ao crime organizado tentem exercer a função irregularmente. Hoje, uma lei estadual está em vigência. No caso de Jundiaí, se um vigia sem licença é descoberto ele é levado ao distrito policial da área, onde é feito um Boletim de Ocorrência (BO). Cadastrado junto à Polícia Civil, o vigia também terá inscrição junto à associação, com a obtenção da carteira da entidade. Hoje, em Campinas, segundo levantamento dos Consegs, há cerca de 7 mil vigias trabalhando nas ruas sem organização legal. Em alguns casos, muitos estão ligados a um “coordenador de área”, alguém que contrata várias pessoas, de forma informal, para trabalharem em determinada região.
“É preciso acabar com essa informalidade. Por que com ela não existe a certeza de que aquele que está como vigia é alguém idôneo, que exerça a profissão de forma correta. O que queremos é garantir a tranquilidade da população. Que os moradores de um bairro ou de uma rua possam contratar alguém que lhes dê efetiva segurança. E não indivíduos que possam ser informantes de quadrilhas, por exemplo”, diz Tico Costa. A data da reunião será agendada pelo delegado do Deinter.

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