quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Após reunião presidida pelo Tico, Secretaria Municipal de Segurança decide fechar cerco a pancadões e bailes funk

A Secretaria Municipal de Segurança decidiu fechar o cerco a pancadões e bailes funk realizados em chácaras na periferia da cidade como uma das formas de conter a onda de depredações a ônibus em Campinas. Em audiência na Comissão de Segurança da Câmara Municipal, o secretário de segurança, Luiz Augusto Baggio disse que entre o final de agosto e o início de setembro, foram vistoriadas pelo menos quatro desses imóveis que costumam abrigar festas abertas e que atraem um grande número de pessoas. Segundo ele, a maior parte dos atos de vandalismo acontece depois dessas festas, em geral nos finais de semana, no final da madrugada.
De acordo com a Transurc – a associação das empresas permissionárias do transporte coletivo – foram pelo menos 82 casos registrados até agosto deste ano. Há diversos casos de ônibus incendiados ou apedrejados e vários episódios de ferimento em motoristas, cobradores e passageiros. A média de coletivos danificados é de um a cada três dias e o prejuízo já ultrapassa R$ 1 milhão.
Baggio revelou que a secretaria pretende frear as depredações, aplicando sobre os proprietários desses imóveis, uma legislação que não diz respeito diretamente aos atos de vandalismo. “Nós verificamos se ele tem alvará para realização de eventos de grande porte; se possuem licença de funcionamento expedida pelo Corpo de Bombeiros, se tem autorização para oferecer bebidas ou se há menores nestas festas onde há venda de bebida alcoólica”, diz. “Se estiver irregular em quaisquer desses itens, estamos interditando”, afirmou.
Segundo o Oficial de Operações do 47º Batalhão da Polícia Militar, capitão Fernando Faccionato, a corporação identificou três pontos considerados críticos na cidade: os corredores formados pela Estrada do Mão Branca, no Satélite iris, até o Terminal Ouro Verde; o corredor da Av. Ruy Rodrigues entre o Terminal Ouro Verde e o Terminal do Vida Nova e, o corredor da John Boyd Dunlop até o Terminal Campo Grande.
SEM ESCOLTA
O secretário de Transportes, José Barreiro, descartou a possibilidade de solicitar escolta aos ônibus, mas garantiu que o patrulhamento está sendo reforçado nessas áreas.
A inspetora de tráfego da VB, Patricia Moraes, disse que a empresa sofreu 41 ataques apenas este ano. “Tivemos casos de oito apedrejamentos em apenas um dia, além de quatro carros incendiados no Vida Nova”, contou ela. De acordo com a funcionária da empresa – que possui cerca de 300 carros em circulação em 50 linhas e que atende perto de 170 mil passageiros - os casos são frequentes também em bairros como a Vila União, Campos Elíseos e em toda a região do Ouro Verde.
Presidente da Comissão de Segurança, o vereador Tico Costa pediu a adoção de medidas conjuntas entre os órgãos. Segundo ele, apenas com a união de esforços será possível acabar com essa ação de destruição que afeta o usuário do transporte urbano. "Não podemos deixar que jovens ajam como marginais e prejudiquem aqueles que vão usar os ônibus no dia seguinte", disse Tico.
Já o vereador Jorge Schneider apelou pela criação de um banco dados exclusivo para esse fim. “Em Campinas esse tipo de gente não pode se criar. A cidade não pode aceitar passiva esse tipo de comportamento”, afirmou. A Comissão de Segurança é formada ainda pelos vereadores Elias Azevedo, André von Zuben e Carlão do PT.
Texto e fotos: Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas

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