No
quadro da violência, um número que preocupa: o roubo de cargas em
Campinas cresceu 45,11% no ano passado, em relação a 2012, de
acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo.
Ao todo, foram 386 casos registrados, contra 266 em 2012. Diante
dessa realidade, a Comissão para os Assuntos de Segurança Pública
se reúne nesta quarta-feira (12/2) para discutir o problema. “A
gravidade está explícita nos números e, se não houver uma ação
efetiva para barrarmos essa realidade, a tendência é repetirmos um
ano de perdas para a indústria e de risco aos profissionais da área.
Um exemplo está no mês dezembro último, quando tivemos 35
ocorrências, ou seja, um crescimento de 94,4% se compararmos aos
últimos 31 dias de 2012, quando foram 18 os casos de roubo de
cargas”, afirma o vereador Tico Costa (SDD) presidente da Comissão.
Para a reunião estão convidados representantes do Sindicato das
Empresas de Transportes de Cargas de Campinas e Região (Sindicamp),
da Polícia Militar na região de Campinas (CPAI2), da Polícia
Militar Rodoviária no Estado e do Sindicato das Empresas de Escolta
de São Paulo
(Semeesp).
De
acordo com as estatísticas, os produtos eletroeletrônicos são os
principais alvos das quadrilhas do asfalto. Em segundo lugar vêm os
gêneros alimentícios. Como centro dos roubos estão as rodovias
Anhanguera (SP-330), Bandeirantes (SP-348) e D. Pedro (SP-065), todas
que cortam Campinas. Na verdade, a região é conhecida hoje por
“Triângulo das Bermudas” do roubo de cargas. Ao concentrar
diversas montadoras de eletroeletrônicos – como Dell, LG e
Samsung – a região é uma vitrine para este tipo de crime,
principalmente pelo fluxo de mercadorias que têm como destino o
Aeroporto de Viracopos. Segundo dados da Secretaria de Segurança
Pública do Estado, além de Campinas, outros municípios têm alto
índice de roubos de cargas em rodovias: Jundiaí, Itupeva,
Indaiatuba, Louveira, Valinhos e Vinhedo.
CAMPEÃO
DAS ESCOLTAS
Diante
deste quadro, há a necessidade sempre maior de se dar segurança aos
comboios de carga. Hoje, o País é o campeão mundial em número de
escoltas armadas. Segundo dados do Sindicato das Empresas de Escolta
de São Paulo, são mais de 1.200 todos os dias pelas rodovias
brasileiras. Não bastasse, os riscos crescentes demandam um aumento
no preço do seguro, que por sua vez ampliam o valor cobrado pelo
frete. No fim, frete mais elevado pressupõe produtos mais caros para
compensar toda a logística necessária entre a produção e a
entrega ao consumidor final. “É preciso quebrar essa cadeia do
crime, por isso a necessidade de uma discussão que pode levar a
soluções conjuntas e a união de esforços. Além disso, a Câmara
pode agir como elo de junção entre as partes e os governos estadual
e municipal”, diz Tico Costa.
Além
do presidente Tico Costa, participam da Comissão para os Assuntos de
Segurança Pública os vereadores André von Zuben (PPS), Carlão do
PT, Jorge Schneider (PTB) e Pastor Elias Azevedo (PSB). O encontro
será realizado na Sala Sylvia Paschoal (Plenarinho), com início às
13h30.
(Foto: Governo do Estado de São Paulo)
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