terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Comissão de Segurança discute roubo de cargas na região



No quadro da violência, um número que preocupa: o roubo de cargas em Campinas cresceu 45,11% no ano passado, em relação a 2012, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo. Ao todo, foram 386 casos registrados, contra 266 em 2012. Diante dessa realidade, a Comissão para os Assuntos de Segurança Pública se reúne nesta quarta-feira (12/2) para discutir o problema. “A gravidade está explícita nos números e, se não houver uma ação efetiva para barrarmos essa realidade, a tendência é repetirmos um ano de perdas para a indústria e de risco aos profissionais da área. Um exemplo está no mês dezembro último, quando tivemos 35 ocorrências, ou seja, um crescimento de 94,4% se compararmos aos últimos 31 dias de 2012, quando foram 18 os casos de roubo de cargas”, afirma o vereador Tico Costa (SDD) presidente da Comissão. Para a reunião estão convidados representantes do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Campinas e Região (Sindicamp), da Polícia Militar na região de Campinas (CPAI2), da Polícia Militar Rodoviária no Estado e do Sindicato das Empresas de Escolta de São Paulo (Semeesp).
De acordo com as estatísticas, os produtos eletroeletrônicos são os principais alvos das quadrilhas do asfalto. Em segundo lugar vêm os gêneros alimentícios. Como centro dos roubos estão as rodovias Anhanguera (SP-330), Bandeirantes (SP-348) e D. Pedro (SP-065), todas que cortam Campinas. Na verdade, a região é conhecida hoje por “Triângulo das Bermudas” do roubo de cargas. Ao concentrar diversas montadoras de eletroeletrônicos – como Dell, LG e Samsung – a região é uma vitrine para este tipo de crime, principalmente pelo fluxo de mercadorias que têm como destino o Aeroporto de Viracopos. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, além de Campinas, outros municípios têm alto índice de roubos de cargas em rodovias: Jundiaí, Itupeva, Indaiatuba, Louveira, Valinhos e Vinhedo.
CAMPEÃO DAS ESCOLTAS
Diante deste quadro, há a necessidade sempre maior de se dar segurança aos comboios de carga. Hoje, o País é o campeão mundial em número de escoltas armadas. Segundo dados do Sindicato das Empresas de Escolta de São Paulo, são mais de 1.200 todos os dias pelas rodovias brasileiras. Não bastasse, os riscos crescentes demandam um aumento no preço do seguro, que por sua vez ampliam o valor cobrado pelo frete. No fim, frete mais elevado pressupõe produtos mais caros para compensar toda a logística necessária entre a produção e a entrega ao consumidor final. “É preciso quebrar essa cadeia do crime, por isso a necessidade de uma discussão que pode levar a soluções conjuntas e a união de esforços. Além disso, a Câmara pode agir como elo de junção entre as partes e os governos estadual e municipal”, diz Tico Costa.
Além do presidente Tico Costa, participam da Comissão para os Assuntos de Segurança Pública os vereadores André von Zuben (PPS), Carlão do PT, Jorge Schneider (PTB) e Pastor Elias Azevedo (PSB). O encontro será realizado na Sala Sylvia Paschoal (Plenarinho), com início às 13h30.
(Foto: Governo do Estado de São Paulo)

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