quarta-feira, 25 de setembro de 2013
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
terça-feira, 17 de setembro de 2013
GM retomará ações na Região Central
A
retomada das operações de repressão da Guarda Municipal (GM) na
região do Terminal Central. Esta foi uma medida emergencial que o
secretário municipal
de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública, Luiz Augusto
Baggio, apresentou hoje à Comissão
para os Assuntos de Segurança Pública da Câmara Municipal.
Questionado por Paula Selhi, mãe do estudante Felipe Selhi Cunha,
assassinado a facadas há dois anos na Rua Cônego Cipião, perto do
Terminal Central, por que a GM parou as ações na região, que
voltou a ser invadida por moradores de rua e usuários de drogas, o
secretário afirmou que a corporação retomará o patrulhamento
especial na região em poucos dias e ampliará a repressão. Mas ele
lembrou que só isso não irá impedir que o espaço seja uma nova
cracolândia.
“É
preciso revitalizarmos a região, unir as forças de várias
secretarias. Já disse ao prefeito Jonas Donizette de que sou
favorável mesmo à volta do lago e do relógio de sol, como era
antes, para o local. Ou seja, é necessário mudar a realidade da
região. Como está hoje, o lugar é favorável à permanência dos
moradores de rua e usuários de drogas. O Ceasinha fornece a comida
que eles querem, nem que seja no lixo; há Casa da Cidadania, que
lhes dá abrigo temporário, e a própria estrutura arquitetônica da
região favorece”, diz Baggio.
Para
o secretário, só uma união de forças entre a GM e as secretarias
de Saúde e de Assistência Social poderia fazer a diferença. “Se
eu levar um usuário de drogas ao distrito policial, será feito um
termo circunstanciado e ele voltará para as ruas. E aí eu perdi um
tempo imenso de uma viatura para um caso sem solução isolada. Se
não houver uma integração de esforços, o trabalho é perdido”,
afirmou Baggio. Por causa disso, inclusive, está em curso a
integração do Município ao programa federal “Crack, é possível
vencer”, com verbas destinadas para a segurança pública e o
atendimento em saúde e assistência social voltados ao cuidado e
tratamento de usuários de drogas. “É uma medida importante que
nos dará mais recursos no combate a essa realidade”.
Mas,
enquanto essa realidade não chega, o secretário enfatiza que há a
Operação Cata-Treco da GM, onde os policiais recolhem caixotes,
colchões, cobertores e papelões utilizados por moradores de rua na
região central para dormirem. “Não é que a GM é o vilão da
história, tirando isso dos moradores de rua. Nós temos regras
mínimas de urbanidade que têm de ser cumpridas. Ninguém pode
montar um barraco numa via pública central. Fazemos isso na região
do Terminal Central como forma de gerar uma situação de segurança.
Mas, mesmo neste caso, é importante a Secretaria de Assistência
Social estar junto, para darmos uma destinação às pessoas”.
MAIS
CÂMERAS
Outra
medida importante que o secretário de Segurança expôs é a
abertura de licitação, até o final deste ano, para a aquisição
de 15 câmeras inteligentes (do tipo OCR) e software especial de
leitura e reconhecimento de placas de veículos para o sistema de
monitoramento da CIMCamp. “Com a vinda da CIMCamp para a Pasta de
Segurança, decidimos fazer a licitação ainda este ano e, no
primeiro semestre de 2014, esperamos estar com o sistema funcionando
em pelo menos 15 pontos de Campinas. É um sistema pesado, dado ao
volume de entrada e saída de veículos do município, mas o faremos
e esperamos, no futuro, integrá-lo a outras cidades que já dispõem
dele, criando uma rede de segurança maior, intermunicipal”, disse
Baggio.
Para
que isso se dê, inclusive já está sendo um criado um protocolo
interno na Secretaria para a manipulação dos dados, que seria
restrita a um grupo especial. Neste caso será feita a criação de
uma “sala-cofre”, sob a gestão do órgão municipal e onde se
dará todo o monitoramento das imagens do sistema de câmeras, com o
intuito de criar uma política integrada de segurança, onde membros
restritos da GM e das polícias Federal, Civil e Militar terão posse
e estudo das imagens para definir ações. “Mas algumas coisas
terão de mudar. Hoje, por exemplo, sabemos que emissoras de tevê
têm acesso a imagens da CIMCamp. Teremos de rever o que são dados
sigilosos e os que não são”.
No
balanço da Secretaria dentro do novo governo, Luiz Augusto Baggio
incluiu as parcerias que aconteceram a partir da criação do
Gabinete Metropolitano de Gestão Estratégica da Segurança Pública
(Gamesp), que une membros das polícias Civil, Militar e Federal,
Guarda Municipal, secretarias estaduais, Ministério Público, Poder
Judiciário e sociedade civil. “Com isso ficou possível os dois
Deinter e os dois comandos de policiamento do Interior da PM trocarem
informações entre si, o que era raro antes. Dá uma nova dinâmica
à questão da segurança”.
Mas,
para o secretário, pelo fato da sua Pasta trabalhar 24 horas em todos
os dias do ano, muito mais precisa ser feito em prol de uma política
de segurança. Com cerca de 700 integrantes, em plantões de 24
horas, o montante de ocorrências é grande. “Precisamos de mais
homens. Atualmente eu poderia chamar mais 100 recrutas concursados,
só que não tive verba. Sei porém que, desses, cerca de 30%
desistirão ainda na Academia. Nos falta, por exemplo, pessoal
administrativo interno. Eu tenho que ter, em cada base, um soldado
para registrar ocorrências, por falta de pessoal administrativo.
Espero, no futuro, fazer com que cada GM, na rua, possa fazê-lo
on-line. Inclusive já estamos viabilizando um programa para isso”,
afirma Baggio.
Para
ele, outra questão emergente na corporação é que daqui a 4 ou 5
anos começarão a acontecer as aposentadorias na GM. “Temos de
repor esse pessoal logo, até para não perdermos a questão da
longevidade da equipe, do conhecimento de rua. O problema é que cada
novo guarda demanda treinamento, fardamento, armamento. Já
adquirimos 100 novas pistolas para trocarmos nossos antigos
revólveres calibre 38 e trocaremos também os atuais uniformes, mas
tudo leva tempo”.
Outro
ponto enfocado pelo secretário é a necessidade de atendimento
psicológico aos GMs depois de participarem de uma ação onde ocorra
um confronto armado. “Como é hoje, o homem mata ou quase é ferido
e, na maior parte das vezes, volta à corporação no turno seguinte
para trabalhar. Isso não é possível, não é humano. Por isso
estamos contratando um serviço psicológico para mudar essa
realidade”, disse o secretário.
PROGRAMA
CONTRA A VIOLÊNCIA SEXUAL
O
secretário enfatizou ainda o treinamento que será feito com guardas
municipais femininas para atendimento de modo horizontal de casos de
violência sexual contra mulheres. “Daqui a quatro meses poderemos
já ter este serviço em funcionamento. Isso integrará também
funcionárias do IML para o atendimento, por isso o tempo que demanda
um treinamento”.
Participaram
da reunião com o secretário de Segurança os vereadores Tico Costa
(PP), presidente da Comissão para os Assuntos de Segurança Pública,
e os vereadores integrantes da mesma André von Zuben (PPS), Carlão
do PT e Pastor Elias Azevedo (PSB), além do vereador Luiz Carlos
Rossini (PV).
(Fotos: Lucas Leite/Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas)
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Cimcamp e PUC iniciam negociações para integração no Projeto Câmera Cidadã
A Central Integrada de
Monitoramento (Cimcamp) e a Pontifícia Universidade Católica de
Campinas (PUC) iniciaram ontem negociações para uma possível
instalação do sistema de câmeras do órgão municipal nos
arredores do Campus 1. Hoje, há 180 câmeras internas gerenciadas
pela equipe de segurança da instituição de ensino nos campi. A
intenção da PUC agora é a de ampliar a segurança externa no
campus do Parque das Universidades. Um dos pontos considerados com
problemas é a Avenida Ana Maria Silvestre Haddad, onde há
incidência esporádica de sequestros-relâmpagos, furtos de
veículos, saidinhas de banco, roubos a pedestres e até ataques a
agências bancárias localizadas na via. O encontro foi entre o
diretor da Cimcamp, Nelson Cayres; o pró-reitor de Administração
da PUC, Ricardo Pannain; o supervisor de segurança da universidade,
Israel Pilmon Gitirana Barros; o encarregado de segurança da PUC,
Fábio Donizete Silva; e o vereador Tico Costa (PP).
Se o acordo for
confirmado, após estudos de viabilidade técnica e financeira que
serão feitos por parte da universidade, a PUC integrará o convênio
“Câmera Cidadã”, criado pela Cimcamp. Através dele, o
interessado entra com os custos de equipamentos e sua instalação.
Já a Cimcamp assume o monitoramento, a operação e manutenção
posteriores. Atualmente, agências do Banco Itaú, a Sanasa, a Câmara
de Campinas e condomínios do Alto da Nova Campinas estão integrados
ao sistema da Cimcamp. No Itaú, há a cessão de imagens das câmeras
externas das agências. A vantagem de unificar esforços é a
garantia de intervenção imediata da Polícia Militar (PM) e da
Guarda Municipal (GM) em casos de ações criminosas. Outra vantagem é
poder contar com uma segurança, por meio de um monitoramento, 24
horas por dia. Hoje há uma média de 300 a 320 câmeras da Cimcamp
funcionando diariamente no município, algumas já com imagens em HD.
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Tico Costa participa de programa sobre a crise na Polícia Civil
Uma realidade de desestruturação da Polícia Civil no Estado de São Paulo, onde de cada 100 boletins de ocorrência que chegam aos distritos policiais, apenas cerca de 14% se transformam em inquérito policial e, desses investigados, somente cerca de 7% chegam ao seu final com sucesso. Com esta declaração, Aparecido Lima de Carvalho, presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Região de Campinas (Sinpol) e da Federação Interestadual dos Trabalhadores Policiais Civis da Região Sudeste (Feipol/SE), foi hoje ao programa Câmara em Debate, na TV Câmara, para relatar a crise na instituição.
Sob o comando da
jornalista Mirna Abreu, o programa teve a participação dos
vereadores Tico Costa (PP), presidente da Comissão para os Assuntos
de Segurança Pública, e Pastor Elias Azevedo (PSB), membro da
Comissão. “A realidade de apenas 7% dos inquéritos instaurados
chegarem a termo mostra o tamanho do problema que temos de resolver
na questão da restruturação da Polícia Civil”, afirma o presidente do Sinpol. “Mostra, com evidência, a falta de estrutura e condições
de trabalho. Há carência de viaturas, homens preparados e treinados
rotineiramente, aparelhos de escuta, tecnologia de ponta, com
software moderno, efetivo e tempo de investigação. Infelizmente,
hoje, em muitos casos, a mídia é que dá o tom do que vai ser
investigado. Ou seja, a polícia acaba dedicando o seu tempo ao crime
que repercute na mídia. E não poderia ser assim”, diz Carvalho.
“O que nós vemos
agora é que temos quase metade do efetivo que tínhamos há 15 anos.
E não podemos aceitar o desmonte da Polícia Civil que vem sendo
colocado pelo governo estadual”, afirma Carvalho. Para ele, a
promessa do governador Geraldo Alckmin (PSDB), feita hoje em
Campinas, durante solenidade para a criação da 2ª Delegacia
Seccional no município - de que haverá a contratação de mais
1.853 homens para a polícia científica e novos 2.805 cargos para a
polícia civil no Estado -, não cobre as necessidades. “Hoje há
um déficit de 8 mil policiais no Estado, logo essa promessa não
supre as necessidades. No caso da nova Seccional, por exemplo, como
criarmos uma nova estrutura se temos a falta de pelo menos 250 homens
em Campinas?” - questiona. De acordo com ele, “o
desaparelhamento da polícia leva à impunidade do criminoso e deixa
o crime agir livre nas ruas”.
GREVE BRANCA
Para Carvalho, o
movimento que a Polícia Civil tem feito nos últimos meses, de
paralisações pontuais, é para garantir melhores condições de
trabalho e salários à categoria. “Mas não é apenas para os
policiais. É para a sociedade como um todo, para que possamos dar
respostas à ela, com um trabalho muito melhor. Não aceitamos o
desmonte de uma instituição centenária. Sabemos que há a Lei de
Responsabilidade Fiscal e a questão do Orçamento, mas sabemos
também que há sobra de caixa no Estado. O que pedimos é tão
somente que haja negociação para chegarmos a um consenso”.
Segundo o presidente do
Sinpol, “precisaríamos ter um reajuste de ao menos 100% para
cobrir todas as perdas, mas podemos negociar esses número. Dá-se
uma parte agora e se paga o restante em cinco, dez anos, parcelado.
Mas que haja a negociação, vontade política do governo. O que não
podemos é aceitar que policiais ofereçam as suas vidas e de seus
familiares por um salário de fome, onde os reajustes se dão apenas
sobre o salário base, que é cerca de 1/3 do que recebemos no final
do mês. Chega de penduricalhos no salário que serão perdidos na
aposentadoria”.
Diante do quadro
caótico da Polícia Civil, onde dos 100 escrivães que existem em
Campinas, por exemplo, apenas 47 deles estão efetivamente em
inquéritos policiais – o restante está em área administrativa -,
o presidente do Sinpol vê apenas um movimento mais radical como saída.
“Queremos ser ouvidos e poder negociar. Caso contrário, vamos à
greve branca, em estado de greve.” Ele lembrou ainda o nível de
estresse que vive o policial no seu dia a dia, sem avaliações
físicas e psicológicas do profissional por parte do Estado, e da
excessiva burocracia existente, com “papeladas intermináveis”
que levam à um entrave de investigações.
Diante do quadro, para
os vereadores Tico Costa e Pastor Elias Azevedo, o apoio da Comissão
para os Assuntos de Segurança Pública é total. “Hoje, com o
crime se especializando e se fortalecendo cada vez mais, vemos a
Polícia Civil na contramão. E isso não se dá por culpa dos
policiais. Por isso pregamos e apoiamos uma restruturação total da
instituição”, afirmou Tico Costa. O vereador e presidente da
Comissão reiterou a apresentação de uma moção, a ser lida na
sessão de hoje e enviada ao governador do Estado e ao secretário
estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira,
reivindicando melhorias para a Polícia Civil - tanto para a questão
salarial como o reaparelhamento e melhores condições de trabalho.
“Temos hoje debatido muito o apoio às revindicações da Guarda
Municipal e da Polícia Militar, no caso das carências do Corpo de
Bombeiros, por isso não podemos nos furtar aos problemas vividos
pela Polícia Civil. Afinal, é a questão da segurança de todos nós
que está em jogo. Uma polícia forte pressupõe uma sociedade melhor
protegida”, disse Tico Costa.
(Foto: Lucas Leite/Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas)
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