O vereador Tico Costa
entregou hoje (28/2), pessoalmente, ao governador Geraldo Alckmin
(PSDB) uma cópia do ofício enviado ontem, pela segunda vez, ao
secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.
No documento, Tico pede, entre outras coisas, que haja maior
investimento no setor de segurança em Campinas e que a 2ª Delegacia
Seccional, inaugurada no Jardim Londres, seja devidamente aparelhada
– com a vinda de mais pessoal e não apenas o fechamento de
distritos policiais com o remanejamento de profissionais – e que
mais PMs sejam destinados ao município. Tico não abre mão de defender a sociedade e barrar o alto índice de insegurança em Campinas.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Projeto de lei do transporte escolar deve sair em abril
A
posse do novo secretário municipal de Transportes e presidente da
Emdec, Carlos José Barreiro, criou um hiato nas discussões da
Comissão de Estudos da Câmara que debate a criação de uma nova
legislação para o setor, como reconheceu Patrícia Sciascia Pontes,
gerente jurídica da Emdec. Entretanto, mesmo com a nova direção na
Emdec, o intuito do órgão municipal é de manter o prazo do mês de
abril próximo como meta para apresentar um projeto de lei que
substitua a atual legislação, de 1979.
Hoje
(27/2), a comissão de estudos formada para discutir o sistema de
transporte escolar no município fez sua última reunião com
representantes da Emdec/Setransp,
Secretaria Municipal de Educação, Grupo de Apoio ao Transportador
Escolar de Campinas (Gatec) e Sindicato do Transporte Escolar de
Campinas e Região (Sintescamp). A partir de agora, a comissão
presidida pelo vereador Tico Costa (SDD) fará o relatório final e o
encaminhará a uma avaliação final entre as partes. Para Tico, “o
importante é que se deu um passo essencial para um gerenciamento e
regramento que favoreça a todos: transportadores escolares e aqueles
que se utilizam desse serviço. Em nome de um setor eficiente e
seguro”.
Segundo
Patrícia Pontes, “o secretário está tomando pé da situação na
Emdec e daquilo que se está fazendo”. Carlos Barreiro assumiu o
cargo no dia 23 de janeiro, no lugar de Sérgio Benassi. Mas, de
acordo com a gerente jurídica do órgão, “a Emdec se coloca à
disposição para abrir um canal direto e facilitar a comunicação
na busca de uma solução. Vamos envidar todos os esforços para
cumprir os prazos, criando inclusive uma força-tarefa”.
Para
o representante do Gatec, Adilson Gomes, “o que se busca é a
qualidade no transporte escolar. Por isso, a consequente abertura dos
Cotacs (licenças para se trabalhar no sistema) atrapalha”. Segundo
Gomes, o fechamento do Cotac em maio – próxima data – seria
importante. Entretanto, algo mais efetivo para uma reavaliação na
relação entre a entidade representativa da categoria e a Emdec
seria a formação de uma comissão permanente entre ambas as partes.
“Seria de extrema importância existir um canal direto para
resolvermos questões pendentes e dúvidas. Como está hoje, há
questionamentos que foram feitos por nós em novembro em relação a
problemas na vistoria e até agora sequer foram respondidos”, diz
Gomes.
NOVO
QUADRO
Os
transportadores escolares e o presidente do Sintescamp, Brasilino dos
Reis, também questionaram sobre a modalidade de licitação que é
feita pela Secretaria de Educação para escolher quem irá realizar
o transportes escolar nas redes de ensino municipal e estadual.
Segundo eles, há ônibus de empresas, com mais de 40 lugares,
realizando o transporte de até quatro crianças.
Segundo
Rogério Penedo, coordenador de Suprimentos da Secretaria de
Educação, “a licitação, para uma cidade do tamanho de Campinas,
com o número de estudantes que tem, ainda é a melhor forma
adotada”. Mas ele diz que a Secretaria está aberta a estudos para
viabilizar o sistema de acordo com a demanda, refazendo inclusive
trajetos e linhas de ônibus. “A licitação não é engessada. É
possível trocarmos ônibus por vans, desde que haja condições”.
Penedo lembra, contudo, que a Secretaria de Educação serve a
escolas municipais e estaduais. Por isso, é necessário se discutir
também como o Estado vê a questão.
Para
o presidente do Sintescamp, um modelo que se pode adotar em Campinas
é o que funciona na Capital. Lá, o “Programa de Transporte
Escolar Municipal Gratuito - Vai e Volta” garante ao transportador
individual autônomo a participação no sistema através de
cooperativas ou microempresas. “Se tivéssemos algo assim em
Campinas, não haveria o risco de sermos devorados pelas grandes
empresas, que invadiram o setor e estão inviabilizando muitos
antigos profissionais da área”, afirmou Brasilino.
Já
o representante do Gatec lembra a concorrência predatória das
grandes empresas no sistema. “A nós, transportadores, se cobra uma
série de obrigações, mas não nos é dado nenhum incentivo. Não
há campanhas para o uso do transporte escolar, mesmo se vermos como
isso melhoraria o trânsito, desafogando-o de milhares de carros nos
horário de entrada e saída, ampliando a questão da
sustentabilidade do meio ambiente. Ao todo, sem apoio, já
transportamos 52 mil crianças por dia”, afirma Gomes, que defende
o critério da experiência e qualificação no setor como um ponto a
ser levado em conta na futura lei.
Ao
final da reunião, a representante da Emdec, Patrícia Pontes, disse
que “lei boa é aquela que funciona da melhor forma”. Assim, para
ela, é necessário que a nova legislação do setor seja criada não
para contemplar umas necessidade de momento, mas para perdurar,
“contemplando critérios técnicos e necessidades dos
transportadores e da sociedade”.
“Há
que se assegurar a todos a livre concorrência e o controle pode se
dar de acordo com o dimensionamento de uma região ou a necessidade
da mesma. Por isso, não podemos vetar a participação de ninguém
no sistema. Nosso objetivo não será o de restringir, mas ampliar o
projeto de lei para que todos tenham condições iguais de disputar e
ganhar seu espaço”, enfatizou.
Já
o vereador Tico Costa disse que quando o relatório final da comissão
estiver pronto ele fará uma reunião extraordinária com todas as
partes interessadas para que esse seja avaliado antes do envio à
Emdec. “O importante é que tenhamos um projeto de lei para
melhorarmos o que já existe, darmos tranquilidade a quem já
trabalha no setor e segurança maior para nossas crianças”,
afirmou o vereador do SDD.
Tico envia ofício ao secretário de Segurança de São Paulo para exigir respostas às reivindicações da população
Na sessão de ontem (dia 26/2), na Câmara Municipal, o vereador Tico Costa cobrou do governo do Estado respostas ao ofício encaminhado pela Comissão para os Assuntos de Segurança Pública no dia 20 de janeiro e recebido pelo secretário Fernando Grella Vieira no dia seguinte. Para Tico, "a falta de respostas sobre as reivindicações é um desrespeito à Câmara e Campinas". O vereador do SDD, reenviou hoje o documento para o secretário (ver abaixo) e vai entregá-lo pessoalmente amanhã ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), que estará no município para inaugurar a 2ª Seccional de Polícia.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Comissão de estudos do transporte escolar faz sua última reunião
A
comissão de estudos formada para discutir o sistema de transporte
escolar no município faz nesta quinta-feira (27/2), às 14h, na Sala
Vip da Câmara Municipal, a sua última reunião. Participarão
representantes da Emdec/Setransp,
Secretaria Municipal de Educação, Grupo de Apoio ao Transportador
Escolar de Campinas (Gatec) e Sindicato do Transporte Escolar de
Campinas e Região (Sintescamp). A comissão é presidida pelo
vereador Tico Costa (SDD) e inclui nos seus temas desde a liberação
de licença para os interessados em trabalhar no setor até como se
dará a permissão e o tipo de veículo a ser utilizado no sistema,
entre outras coisas.
“Com
mais essa reunião, acreditamos já ter subsídios suficientes para
propormos um projeto de lei que vislumbre uma nova realidade para o
setor do transporte escolar. Já tivemos audiência pública sobre o
tema e encontros com especialistas e autoridades da área. Acredito
que a nova legislação que está para surgir será boa para quem
trabalha no setor e para quem contrata os serviços. Onde a segurança
de nossas crianças esteja em primeiro plano”, diz Tico.
Além
de levantar a realidade do setor de transporte escolar com um
mapeamento que referencie a geração de demanda, reprimida ou não,
o estudo efetivado pela comissão ajudará também numa futura
redistribuição das linhas atuais. A lei que rege o setor atualmente
é de 1979 e considerada defasada. Segundo transportadores escolares,
ela não está mais adequada às necessidades dos profissionais e não
se coaduna com o crescimento que houve do município, além de não
trazer regras claras para o sistema.
Em
debate, um dos pontos cruciais é da decisão sobre se será mantida
a regulação do mercado como regra para o setor, como é hoje, ou se
o poder público terá que regular tudo no sistema - desde a tarifa,
que hoje é negociada diretamente entre o transportador e o
contratante, até o número de linhas e sua distribuição espacial
pelo município, como ocorre com o transporte urbano de massa.
Foto:
Lucas Leite/Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Projeto do Tico dá ao CS do Esmeraldina nome de liderança popular da região
Na sessão de hoje, o projeto de lei proposto por Tico Costa para fazer chamar o Centro de Saúde do Jardim Esmeraldina com o nome de José Batista, liderança da região e um dos moradores que fez da CS uma realidade. Agora, o projeto, aprovado em plenário com unanimidade de votos, vai à aprovação do prefeito Jonas Donizette. Tico ainda briga pela desafetação da área, o que possibilitará que a praça vire área do CS e garanta à Saúde a possibilidade de ampliar e melhorar o local. Abaixo, o discurso do Tico para justificar a homenagem a José Batista, agora nome oficial do Centro de Saúde do Jardim Esmeraldina.
"Vida
ligada ao bairro que agora pode dar seu nome ao Centro de Saúde já existente.
Esta é a realidade de José Batista, um filho de Cabo Verde (MG) que adotou
Campinas como sua terra e o Jardim Esmeraldina, desde 1964, como seu lar. Mas
por quê José Batista merece ter seu nome eternizado no espaço público do
bairro? Só por quê adotou o Jardim Esmeraldina quando lá havia quase nada?
Não.
Na verdade, a vida de José Batista, nascido em 14 de agosto de 1934 e falecido
no dia 5 de julho de 2012, supera o esforço social para fazer do bairro um
lugar para todos. Ao chegar lá com a família, depois de ter vindo de Ituverava
(SP) e ficado por dois anos no Jardim Samambaia, José Batista viu à sua frente
apenas a Escola de Emergência que atendia também o Jardim Samambaia e
funcionava numa pequena sala da estação ferroviária do bairro.
Foi
lá que ele iniciou o trabalho de evangelização – com catequismo, terços,
novenas e vias sacras – no espaço e a atender toda a região. Ex-agricultor de
café e algodão (em Campinas trabalhou na Fepasa e nas áreas da metalurgia e
construção civil), ajudou também a fazer ler e escrever muitos que o
procuravam, ao mesmo tempo que retomou seu próprio aprendizado. À medida que o
bairro crescia, iniciou o trabalho de conquista, junto com a população, de
melhorias. Água tratada, luz elétrica, esgoto, asfalto, posto de saúde, escola,
creche, igreja católica, salão comunitário e associação de amigos do bairro
tiveram um toque de José Batista. Além disso, com seu esforço e de muitos
moradores a Comunidade São Francisco de Assis viu a igreja e o salão paroquial
nascerem de festas beneficentes.
Católico,
José Batista foi membro fundador da Legião de Maria, ministro da Eucaristia,
ministro das Exéquias e ministro da Liturgia, além de realizar de forma
espontânea a visita a doentes da região e organizar romarias anuais à Basílica
de Aparecida do Norte (SP). Membro do Conselho Local de Saúde, era casado com
Dulce Almerinda de Jesus e criou nove filhos, sendo seis deles nascidos em
Campinas.
Ao
morrer, deixou não apenas um espaço vazio na casa de número 235, na Rua
Herculano Florence Teixeira. Deixou também um legado de luta e dedicação ao
Jardim Esmeraldina e região. Um esforço para a melhoria da vida da população,
onde cada conquista social representa um passo a mais na busca de uma sociedade
justa e igualitária. Deixar o nome de José Batista gravado junto ao Centro de
Saúde é mostrar a todos moradores da região que é possível sonhar e construir
um espaço comum digno e real para todos. Onde o mais importante não são
diplomas ou mesmo condições financeiras abastadas para se receber uma justa
homenagem. Onde o mais importante é a luta comum na construção de uma Campinas
melhor e para todos. Onde um homem como José Batista, que dedicou sua vida à
justiça social e igualdade de condições, obtenha o reconhecimento que todos
aqueles que se dão ao próximo apenas pela solidariedade humanitária devem ter."
Região de Campinas lidera roubo de cargas no País. Tico tem projeto de lei para o combate ao crime
De
cada 10 roubos de carga que acontecem por dia no Brasil, oito são na
região de Campinas. Em 2012, segundo a Federação das Empresas de
Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (Fetcesp), foram realizados 14.400
roubos no País, num total aproximado de R$ 963 milhões de
prejuízos. Desse total, 51% aconteceram em São Paulo – sendo a
quase totalidade num eixo de 150 quilômetros da Capital. Ou seja,
nas rodovias que cortam a região de Campinas. Dessa forma, é aqui
que o crime se dá com maior força no Brasil, na maior parte das
vezes graças a quadrilhas ligadas ao crime organizado – o chamado
crime estruturado – que visa cargas com valores acima de R$ 100
mil. Uma realidade que deixou a nossa região com o título de
“Triângulo das Bermudas” (formado por
Campinas-Hortolândia-Sumaré), onde o caminhão e a carga conseguem
desaparecer do mapa em poucos minutos.
Com
esse quadro, exposto hoje na reunião da Comissão para os Assuntos
de Segurança Pública, vereadores e especialistas chegaram à
conclusão que sem a união efetiva das forças de segurança e
todos setores atingidos, além de uma repressão sistemática aos
receptadores tanto dos veículos, para a revenda de peças, como das
cargas em si, o quadro pouco reverterá. “Há quatro anos, o
'Triângulo das Bermudas' no roubo de cargas era o Triângulo
Mineiro, com as quadrilhas abordando os caminhões que vinham
principalmente do Amazonas para fazer entregas no Sudeste.
Entretanto, uma ação de combate da Polícia Federal, que montou
bases nas principais rodovias mineiras, parou praticamente o crime
por lá. E esse migrou para a região de Campinas, onde cargas de
eletroeletrônicos e de remédios circulam em grande quantidade. O
ladrão não é burro: vai para onde o dinheiro está”, afirmou o
assessor de segurança da Fetcesp, o coronel da reserva do Exército,
Paulo Roberto de Souza.
Ele
explicou que os crimes de oportunidade a cargas – aqueles que visam
carregamentos de até R$ 30 mil – têm como ponto central a Capital
paulista e proximidades, realizados por ladrões geralmente sem
ligações com o crime organizado. O problema é que em Campinas e
Região a incidência é de grupos ligados ao crime dito estruturado,
com quadrilhas especializadas. “Vimos, no ano passado, um roubo que
juntou 15 veículos para cercar um caminhão. Logo, a resposta do
governo estadual está aquém do esperado, apesar dos esforços das
forças de segurança”, diz o coronel Souza.
POLÍCIA
RODOVIÁRIA
Para
o capitão Hugo Maeda, da Polícia Rodoviária Estadual, a situação
é grave, mas está sendo combatida. Segundo dados apresentados pelo
militar, em 2013 foram 128 roubos de carga na região. Desses, em 47
casos se levou apenas os carregamentos. Nos outros, os veículos
também foram roubados. “Nesse segundo caso, os caminhões foram
levados para abastecerem o mercado negro de peças usadas. Quase
sempre o alvo é os veículos. A carga, por vezes, vai como lucro ou
é até descartada. Além disso, há o roubo também contra carros
pequenos, como uma Fiorino, onde pode estar uma carga de até R$ 4
milhões em celulares”, afirma Maeda.
Segundo
o capitão, o que interfere no sucesso das ações criminosas é que
as quadrilhas têm informações antecipadas do alvo a ser atacado,
enquanto a PM não sabe sequer do horário da saída do carregamento
da fábrica. “Como pode um veículo pequeno, sem escolta
particular, sem nada que o diferencie de um comum, sem logomarca da
fábrica, ser atacado num local específico por bandidos? É claro
que as quadrilhas têm informações privilegiadas da carga, horário
e trajeto. Com informações saídas do interior da fábrica ou de um
membro ligado ao esquema. E aí fica mais difícil o combate” -
explica o militar. Maeda, contudo, faz questão de enfatizar que há
um índice alto de recuperação: “O gerente de risco da LG, que
tem dados internos sobre os roubos, me disse que hoje o índice de
recuperação de cargas na empresa gira em torno de 70% a 80%”.
ESCOLTA
DOS CARREGAMENTOS
Mas,
para se chegar a números de recuperação como esses, há toda uma
logística por trás que termina por influenciar no preço final do
carregamento. Como explica o representante do Sindicato das Empresas
de Escolta de São Paulo
(Semeesp), Paulo Rogério Rizo. “O roubo de cargas acaba afastando
mão de obra especializada, por que o funcionário das empresas de
segurança, quando roubado, muitas vezes desiste da função, fica
traumatizado. Há ainda o roubo das armas e coletes desses
profissionais, que muitas vezes são agredidos. Daí, para você
melhorar a logística de apoio ao transporte de carga, tem que
investir pesado em rastreadores por satélite, investir em
tecnologia. E isso leva a um aumento do preço da escolta, o que
influencia no preço final do frete e, por conseguinte, do produto.
Estima-se que tenham sido gastos cerca de R$ 6 bilhões em segurança
por parte das empresas de transporte em todo o País em 2013”.
Atualmente, o custo com segurança gira entre 12% a 15% do preço
final do faturamento de uma empresa. O que é repassado ao custo
final, pago pelo consumidor.
Mas
o grande problema, segundo Rizo, é que, por causa do preço das
escoltas especializadas, com inscrição na Polícia Federal e
treinamento de pessoal, muitas indústrias optam em contratar
serviços de empresas clandestinas de segurança. “Quando se
contrata um pessoal desqualificado e sem preparo, risco é de você
levar um pessoal que pode estar ligado ao crime. Além disso, num
roubo recente, uma indústria deixou de receber o seguro por estar
com uma escolta de uma empresa que não tinha o aval da Polícia
Federal”, explica Rizo.
O
capitão da Polícia Militar Paulo Henrique Rosas, do 1º Baep,
concorda com o representante do Semeesp. “A conclusão a que
chegamos é óbvia: “as quadrilhas têm informações privilegiadas
e muitas vezes as ações se dão de forma idêntica, nos mesmos
pontos. Na verdade, chegamos a ver imagens de um roubo em dezembro
último onde um caminhão parou antes mesmo da quadrilha anunciar o
assalto. Ou seja, é preciso que as empresas contratantes saibam quem
estão levando para fazer a escolta de suas cargas.”
FIM DA RECEPTAÇÃO
Mas, para o capitão rodoviário Rosas, outro ponto importante para se interromper a escalada do roubo de cargas está em se atacar o receptador final. “Só existe o roubo por que há o receptador. Enquanto não combatermos essa realidade, não interromperemos o ciclo.” Igual opinião tem o assessor de segurança da Fetcesp, Paulo Roberto de Souza: “Há quatro níveis numa quadrilha de roubo de cargas. O primeiro é o indivíduo que faz a ação, normalmente contratado para isso por um valor 'x'. Depois temos o elo, que é aquele que faz o contato com quem fará a ação. É o que paga pelo 'trabalho'. Em terceiro, vem aquele que atravessa com a carga de um lado para o outro. Que serve para despistar. Por fim, o mais importante, que é o receptador. É ele que esconde e distribui a carga roubada.”
Mas, para o capitão rodoviário Rosas, outro ponto importante para se interromper a escalada do roubo de cargas está em se atacar o receptador final. “Só existe o roubo por que há o receptador. Enquanto não combatermos essa realidade, não interromperemos o ciclo.” Igual opinião tem o assessor de segurança da Fetcesp, Paulo Roberto de Souza: “Há quatro níveis numa quadrilha de roubo de cargas. O primeiro é o indivíduo que faz a ação, normalmente contratado para isso por um valor 'x'. Depois temos o elo, que é aquele que faz o contato com quem fará a ação. É o que paga pelo 'trabalho'. Em terceiro, vem aquele que atravessa com a carga de um lado para o outro. Que serve para despistar. Por fim, o mais importante, que é o receptador. É ele que esconde e distribui a carga roubada.”
Para
o coronel da reserva, esse último só será erradicado se tirarem
dele o seu dinheiro. “Só se o deixarmos sem capital ele não
agirá. Para isso, é preciso que haja leis onde o receptador tenha
de devolver aquilo que roubou e que se extinga sua empresa de
fachada. Além disso, o seu isolamento da sociedade, com a sua
retirada de poder de articulação criminosa, preso em local de
regime diferenciado, é essencial.” Um código penal onde se amplie
a pena por roubo e receptação de cargas também é imprescindível
no combate ao crime.
SAÍDAS PARA O PROBLEMA
No
caso do combate à receptação, o vereador Tico Costa (SDD),
presidente da Comissão para os Assuntos e Segurança Pública, tem
um projeto de lei tramitando na Câmara. Nele, todos os proprietários
de galpões, depósitos e armazéns em Campinas quando forem alugar
suas edificações ficam obrigados de enviar à Prefeitura uma
notificação com informações do inquilino, localização do imóvel
e atividades que serão desenvolvidas no local. Dessa forma, haverá
o controle do local e a possibilidade de fiscalização, além do
reenvio dos dados às polícias Civil e Militar, já que as
quadrilhas usam esses galpões para guardar as cargas roubadas ou
utilizá-lo como ponto de desmanche de veículos. Para Tico, essa
fiscalização capacitará também a Prefeitura a aplicar sanções e
multas ao uso indevido dos galpões e barracões. “Acho que nós,
na esfera municipal, podemos ajudar a polícia no combate ao crime
restringindo pontos que as quadrilhas utilizam como distribuição”,
enfatiza.
Outra
decisão que foi tomada na reunião foi a do envio de duas moções
da Câmara. Uma ao governo do Estado pedindo um maior efetivo para a
PM na cidade, assim como a manutenção e ampliação de programas de
combate à criminalidade nas estradas, como o Procarga – de
prevenção e redução de furtos, roubos, apropriação indébita e
receptação de carga. A outra moção será enviada ao governo
federal e à Câmara Federal para pedir ampliação de pena para os
casos de roubo e receptação de cargas. Junto com Tico participaram
da reunião os vereadores André von Zuben (PPS) e Carlão do PT.
(Fotos: Assessoria de Imprensa do vereador André von Zuben/PPS)
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Comissão de Segurança discute roubo de cargas na região
No
quadro da violência, um número que preocupa: o roubo de cargas em
Campinas cresceu 45,11% no ano passado, em relação a 2012, de
acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo.
Ao todo, foram 386 casos registrados, contra 266 em 2012. Diante
dessa realidade, a Comissão para os Assuntos de Segurança Pública
se reúne nesta quarta-feira (12/2) para discutir o problema. “A
gravidade está explícita nos números e, se não houver uma ação
efetiva para barrarmos essa realidade, a tendência é repetirmos um
ano de perdas para a indústria e de risco aos profissionais da área.
Um exemplo está no mês dezembro último, quando tivemos 35
ocorrências, ou seja, um crescimento de 94,4% se compararmos aos
últimos 31 dias de 2012, quando foram 18 os casos de roubo de
cargas”, afirma o vereador Tico Costa (SDD) presidente da Comissão.
Para a reunião estão convidados representantes do Sindicato das
Empresas de Transportes de Cargas de Campinas e Região (Sindicamp),
da Polícia Militar na região de Campinas (CPAI2), da Polícia
Militar Rodoviária no Estado e do Sindicato das Empresas de Escolta
de São Paulo
(Semeesp).
De
acordo com as estatísticas, os produtos eletroeletrônicos são os
principais alvos das quadrilhas do asfalto. Em segundo lugar vêm os
gêneros alimentícios. Como centro dos roubos estão as rodovias
Anhanguera (SP-330), Bandeirantes (SP-348) e D. Pedro (SP-065), todas
que cortam Campinas. Na verdade, a região é conhecida hoje por
“Triângulo das Bermudas” do roubo de cargas. Ao concentrar
diversas montadoras de eletroeletrônicos – como Dell, LG e
Samsung – a região é uma vitrine para este tipo de crime,
principalmente pelo fluxo de mercadorias que têm como destino o
Aeroporto de Viracopos. Segundo dados da Secretaria de Segurança
Pública do Estado, além de Campinas, outros municípios têm alto
índice de roubos de cargas em rodovias: Jundiaí, Itupeva,
Indaiatuba, Louveira, Valinhos e Vinhedo.
CAMPEÃO
DAS ESCOLTAS
Diante
deste quadro, há a necessidade sempre maior de se dar segurança aos
comboios de carga. Hoje, o País é o campeão mundial em número de
escoltas armadas. Segundo dados do Sindicato das Empresas de Escolta
de São Paulo, são mais de 1.200 todos os dias pelas rodovias
brasileiras. Não bastasse, os riscos crescentes demandam um aumento
no preço do seguro, que por sua vez ampliam o valor cobrado pelo
frete. No fim, frete mais elevado pressupõe produtos mais caros para
compensar toda a logística necessária entre a produção e a
entrega ao consumidor final. “É preciso quebrar essa cadeia do
crime, por isso a necessidade de uma discussão que pode levar a
soluções conjuntas e a união de esforços. Além disso, a Câmara
pode agir como elo de junção entre as partes e os governos estadual
e municipal”, diz Tico Costa.
Além
do presidente Tico Costa, participam da Comissão para os Assuntos de
Segurança Pública os vereadores André von Zuben (PPS), Carlão do
PT, Jorge Schneider (PTB) e Pastor Elias Azevedo (PSB). O encontro
será realizado na Sala Sylvia Paschoal (Plenarinho), com início às
13h30.
(Foto: Governo do Estado de São Paulo)
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Medida de Jonas vai de encontro a pedido feito pelo Tico à Sanasa
A divulgação feita hoje pelo
prefeito Jonas Donizette (PSB) da antecipação do período oficial
de estiagem já a partir deste mês, com sanções para quem
desperdiçar água, foi comemorada pelo vereador Tico Costa (SDD).
Ele havia enviado no dia 29 último um ofício à Sanasa justamente
com esse pedido de antecipação e aplicação da lei contra o gasto
irresponsável de água. "Essa medida é importante por que vem de encontro
àquilo que eu pedia para a Sanasa. Todos os esforços que forem
possíveis para evitarmos o racionamento são essenciais. Contudo, mais do
que multas e restrições, o importante é que cada pessoa se conscientize de
que só com a participação de todos evitaremos um racionamento, ruim para os campineiros", disse Tico.
Assinar:
Postagens (Atom)