sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Tico entrega ofício por mais segurança ao governador Geraldo Alckmin


O vereador Tico Costa entregou hoje (28/2), pessoalmente, ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) uma cópia do ofício enviado ontem, pela segunda vez, ao secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira. No documento, Tico pede, entre outras coisas, que haja maior investimento no setor de segurança em Campinas e que a 2ª Delegacia Seccional, inaugurada no Jardim Londres, seja devidamente aparelhada – com a vinda de mais pessoal e não apenas o fechamento de distritos policiais com o remanejamento de profissionais – e que mais PMs sejam destinados ao município. Tico não abre mão de defender a sociedade e barrar o alto índice de insegurança em Campinas.

Luta do Tico junto ao Gatec sai no jornal da categoria


Ação do Tico em nome da segurança repercute na Imprensa

CORREIO POPULAR

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Projeto de lei do transporte escolar deve sair em abril


A posse do novo secretário municipal de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro, criou um hiato nas discussões da Comissão de Estudos da Câmara que debate a criação de uma nova legislação para o setor, como reconheceu Patrícia Sciascia Pontes, gerente jurídica da Emdec. Entretanto, mesmo com a nova direção na Emdec, o intuito do órgão municipal é de manter o prazo do mês de abril próximo como meta para apresentar um projeto de lei que substitua a atual legislação, de 1979.
Hoje (27/2), a comissão de estudos formada para discutir o sistema de transporte escolar no município fez sua última reunião com representantes da Emdec/Setransp, Secretaria Municipal de Educação, Grupo de Apoio ao Transportador Escolar de Campinas (Gatec) e Sindicato do Transporte Escolar de Campinas e Região (Sintescamp). A partir de agora, a comissão presidida pelo vereador Tico Costa (SDD) fará o relatório final e o encaminhará a uma avaliação final entre as partes. Para Tico, “o importante é que se deu um passo essencial para um gerenciamento e regramento que favoreça a todos: transportadores escolares e aqueles que se utilizam desse serviço. Em nome de um setor eficiente e seguro”.
Segundo Patrícia Pontes, “o secretário está tomando pé da situação na Emdec e daquilo que se está fazendo”. Carlos Barreiro assumiu o cargo no dia 23 de janeiro, no lugar de Sérgio Benassi. Mas, de acordo com a gerente jurídica do órgão, “a Emdec se coloca à disposição para abrir um canal direto e facilitar a comunicação na busca de uma solução. Vamos envidar todos os esforços para cumprir os prazos, criando inclusive uma força-tarefa”.
Para o representante do Gatec, Adilson Gomes, “o que se busca é a qualidade no transporte escolar. Por isso, a consequente abertura dos Cotacs (licenças para se trabalhar no sistema) atrapalha”. Segundo Gomes, o fechamento do Cotac em maio – próxima data – seria importante. Entretanto, algo mais efetivo para uma reavaliação na relação entre a entidade representativa da categoria e a Emdec seria a formação de uma comissão permanente entre ambas as partes. “Seria de extrema importância existir um canal direto para resolvermos questões pendentes e dúvidas. Como está hoje, há questionamentos que foram feitos por nós em novembro em relação a problemas na vistoria e até agora sequer foram respondidos”, diz Gomes.
NOVO QUADRO
Os transportadores escolares e o presidente do Sintescamp, Brasilino dos Reis, também questionaram sobre a modalidade de licitação que é feita pela Secretaria de Educação para escolher quem irá realizar o transportes escolar nas redes de ensino municipal e estadual. Segundo eles, há ônibus de empresas, com mais de 40 lugares, realizando o transporte de até quatro crianças.
Segundo Rogério Penedo, coordenador de Suprimentos da Secretaria de Educação, “a licitação, para uma cidade do tamanho de Campinas, com o número de estudantes que tem, ainda é a melhor forma adotada”. Mas ele diz que a Secretaria está aberta a estudos para viabilizar o sistema de acordo com a demanda, refazendo inclusive trajetos e linhas de ônibus. “A licitação não é engessada. É possível trocarmos ônibus por vans, desde que haja condições”. Penedo lembra, contudo, que a Secretaria de Educação serve a escolas municipais e estaduais. Por isso, é necessário se discutir também como o Estado vê a questão.
Para o presidente do Sintescamp, um modelo que se pode adotar em Campinas é o que funciona na Capital. Lá, o “Programa de Transporte Escolar Municipal Gratuito - Vai e Volta” garante ao transportador individual autônomo a participação no sistema através de cooperativas ou microempresas. “Se tivéssemos algo assim em Campinas, não haveria o risco de sermos devorados pelas grandes empresas, que invadiram o setor e estão inviabilizando muitos antigos profissionais da área”, afirmou Brasilino.
Já o representante do Gatec lembra a concorrência predatória das grandes empresas no sistema. “A nós, transportadores, se cobra uma série de obrigações, mas não nos é dado nenhum incentivo. Não há campanhas para o uso do transporte escolar, mesmo se vermos como isso melhoraria o trânsito, desafogando-o de milhares de carros nos horário de entrada e saída, ampliando a questão da sustentabilidade do meio ambiente. Ao todo, sem apoio, já transportamos 52 mil crianças por dia”, afirma Gomes, que defende o critério da experiência e qualificação no setor como um ponto a ser levado em conta na futura lei.
Ao final da reunião, a representante da Emdec, Patrícia Pontes, disse que “lei boa é aquela que funciona da melhor forma”. Assim, para ela, é necessário que a nova legislação do setor seja criada não para contemplar umas necessidade de momento, mas para perdurar, “contemplando critérios técnicos e necessidades dos transportadores e da sociedade”.
Há que se assegurar a todos a livre concorrência e o controle pode se dar de acordo com o dimensionamento de uma região ou a necessidade da mesma. Por isso, não podemos vetar a participação de ninguém no sistema. Nosso objetivo não será o de restringir, mas ampliar o projeto de lei para que todos tenham condições iguais de disputar e ganhar seu espaço”, enfatizou.
Já o vereador Tico Costa disse que quando o relatório final da comissão estiver pronto ele fará uma reunião extraordinária com todas as partes interessadas para que esse seja avaliado antes do envio à Emdec. “O importante é que tenhamos um projeto de lei para melhorarmos o que já existe, darmos tranquilidade a quem já trabalha no setor e segurança maior para nossas crianças”, afirmou o vereador do SDD.

Tico envia ofício ao secretário de Segurança de São Paulo para exigir respostas às reivindicações da população

Na sessão de ontem (dia 26/2), na Câmara Municipal, o vereador Tico Costa cobrou do governo do Estado respostas ao ofício encaminhado pela Comissão para os Assuntos de Segurança Pública no dia 20 de janeiro e recebido pelo secretário Fernando Grella Vieira no dia seguinte. Para Tico, "a falta de respostas sobre as reivindicações é um desrespeito à Câmara e Campinas". O vereador do SDD, reenviou hoje o documento para o secretário (ver abaixo) e vai entregá-lo pessoalmente amanhã ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), que estará no município para inaugurar a 2ª Seccional de Polícia.

Tico vai cobrar governo estadual sobre estrutura da Policia Civil e a nova Seccional

CORREIO POPULAR

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Comissão de estudos do transporte escolar faz sua última reunião


A comissão de estudos formada para discutir o sistema de transporte escolar no município faz nesta quinta-feira (27/2), às 14h, na Sala Vip da Câmara Municipal, a sua última reunião. Participarão representantes da Emdec/Setransp, Secretaria Municipal de Educação, Grupo de Apoio ao Transportador Escolar de Campinas (Gatec) e Sindicato do Transporte Escolar de Campinas e Região (Sintescamp). A comissão é presidida pelo vereador Tico Costa (SDD) e inclui nos seus temas desde a liberação de licença para os interessados em trabalhar no setor até como se dará a permissão e o tipo de veículo a ser utilizado no sistema, entre outras coisas.

“Com mais essa reunião, acreditamos já ter subsídios suficientes para propormos um projeto de lei que vislumbre uma nova realidade para o setor do transporte escolar. Já tivemos audiência pública sobre o tema e encontros com especialistas e autoridades da área. Acredito que a nova legislação que está para surgir será boa para quem trabalha no setor e para quem contrata os serviços. Onde a segurança de nossas crianças esteja em primeiro plano”, diz Tico.

Além de levantar a realidade do setor de transporte escolar com um mapeamento que referencie a geração de demanda, reprimida ou não, o estudo efetivado pela comissão ajudará também numa futura redistribuição das linhas atuais. A lei que rege o setor atualmente é de 1979 e considerada defasada. Segundo transportadores escolares, ela não está mais adequada às necessidades dos profissionais e não se coaduna com o crescimento que houve do município, além de não trazer regras claras para o sistema.

Em debate, um dos pontos cruciais é da decisão sobre se será mantida a regulação do mercado como regra para o setor, como é hoje, ou se o poder público terá que regular tudo no sistema - desde a tarifa, que hoje é negociada diretamente entre o transportador e o contratante, até o número de linhas e sua distribuição espacial pelo município, como ocorre com o transporte urbano de massa.

Foto: Lucas Leite/Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Projeto do Tico dá ao CS do Esmeraldina nome de liderança popular da região

Na sessão de hoje, o projeto de lei proposto por Tico Costa para fazer chamar o Centro de Saúde do Jardim Esmeraldina com o nome de José Batista, liderança da região e um dos moradores que fez da CS uma realidade. Agora, o projeto, aprovado em plenário com unanimidade de votos, vai à aprovação do prefeito Jonas Donizette. Tico ainda briga pela desafetação da área, o que possibilitará que a praça vire área do CS e garanta à Saúde a possibilidade de ampliar e melhorar o local. Abaixo, o discurso do Tico para justificar a homenagem a José Batista, agora nome oficial do Centro de Saúde do Jardim Esmeraldina.


"Vida ligada ao bairro que agora pode dar seu nome ao Centro de Saúde já existente. Esta é a realidade de José Batista, um filho de Cabo Verde (MG) que adotou Campinas como sua terra e o Jardim Esmeraldina, desde 1964, como seu lar. Mas por quê José Batista merece ter seu nome eternizado no espaço público do bairro? Só por quê adotou o Jardim Esmeraldina quando lá havia quase nada?
Não. Na verdade, a vida de José Batista, nascido em 14 de agosto de 1934 e falecido no dia 5 de julho de 2012, supera o esforço social para fazer do bairro um lugar para todos. Ao chegar lá com a família, depois de ter vindo de Ituverava (SP) e ficado por dois anos no Jardim Samambaia, José Batista viu à sua frente apenas a Escola de Emergência que atendia também o Jardim Samambaia e funcionava numa pequena sala da estação ferroviária do bairro.
Foi lá que ele iniciou o trabalho de evangelização – com catequismo, terços, novenas e vias sacras – no espaço e a atender toda a região. Ex-agricultor de café e algodão (em Campinas trabalhou na Fepasa e nas áreas da metalurgia e construção civil), ajudou também a fazer ler e escrever muitos que o procuravam, ao mesmo tempo que retomou seu próprio aprendizado. À medida que o bairro crescia, iniciou o trabalho de conquista, junto com a população, de melhorias. Água tratada, luz elétrica, esgoto, asfalto, posto de saúde, escola, creche, igreja católica, salão comunitário e associação de amigos do bairro tiveram um toque de José Batista. Além disso, com seu esforço e de muitos moradores a Comunidade São Francisco de Assis viu a igreja e o salão paroquial nascerem de festas beneficentes.
Católico, José Batista foi membro fundador da Legião de Maria, ministro da Eucaristia, ministro das Exéquias e ministro da Liturgia, além de realizar de forma espontânea a visita a doentes da região e organizar romarias anuais à Basílica de Aparecida do Norte (SP). Membro do Conselho Local de Saúde, era casado com Dulce Almerinda de Jesus e criou nove filhos, sendo seis deles nascidos em Campinas.
Ao morrer, deixou não apenas um espaço vazio na casa de número 235, na Rua Herculano Florence Teixeira. Deixou também um legado de luta e dedicação ao Jardim Esmeraldina e região. Um esforço para a melhoria da vida da população, onde cada conquista social representa um passo a mais na busca de uma sociedade justa e igualitária. Deixar o nome de José Batista gravado junto ao Centro de Saúde é mostrar a todos moradores da região que é possível sonhar e construir um espaço comum digno e real para todos. Onde o mais importante não são diplomas ou mesmo condições financeiras abastadas para se receber uma justa homenagem. Onde o mais importante é a luta comum na construção de uma Campinas melhor e para todos. Onde um homem como José Batista, que dedicou sua vida à justiça social e igualdade de condições, obtenha o reconhecimento que todos aqueles que se dão ao próximo apenas pela solidariedade humanitária devem ter."

Região de Campinas lidera roubo de cargas no País. Tico tem projeto de lei para o combate ao crime

De cada 10 roubos de carga que acontecem por dia no Brasil, oito são na região de Campinas. Em 2012, segundo a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (Fetcesp), foram realizados 14.400 roubos no País, num total aproximado de R$ 963 milhões de prejuízos. Desse total, 51% aconteceram em São Paulo – sendo a quase totalidade num eixo de 150 quilômetros da Capital. Ou seja, nas rodovias que cortam a região de Campinas. Dessa forma, é aqui que o crime se dá com maior força no Brasil, na maior parte das vezes graças a quadrilhas ligadas ao crime organizado – o chamado crime estruturado – que visa cargas com valores acima de R$ 100 mil. Uma realidade que deixou a nossa região com o título de “Triângulo das Bermudas” (formado por Campinas-Hortolândia-Sumaré), onde o caminhão e a carga conseguem desaparecer do mapa em poucos minutos.
Com esse quadro, exposto hoje na reunião da Comissão para os Assuntos de Segurança Pública, vereadores e especialistas chegaram à conclusão que sem a união efetiva das forças de segurança e todos setores atingidos, além de uma repressão sistemática aos receptadores tanto dos veículos, para a revenda de peças, como das cargas em si, o quadro pouco reverterá. “Há quatro anos, o 'Triângulo das Bermudas' no roubo de cargas era o Triângulo Mineiro, com as quadrilhas abordando os caminhões que vinham principalmente do Amazonas para fazer entregas no Sudeste. Entretanto, uma ação de combate da Polícia Federal, que montou bases nas principais rodovias mineiras, parou praticamente o crime por lá. E esse migrou para a região de Campinas, onde cargas de eletroeletrônicos e de remédios circulam em grande quantidade. O ladrão não é burro: vai para onde o dinheiro está”, afirmou o assessor de segurança da Fetcesp, o coronel da reserva do Exército, Paulo Roberto de Souza.
Ele explicou que os crimes de oportunidade a cargas – aqueles que visam carregamentos de até R$ 30 mil – têm como ponto central a Capital paulista e proximidades, realizados por ladrões geralmente sem ligações com o crime organizado. O problema é que em Campinas e Região a incidência é de grupos ligados ao crime dito estruturado, com quadrilhas especializadas. “Vimos, no ano passado, um roubo que juntou 15 veículos para cercar um caminhão. Logo, a resposta do governo estadual está aquém do esperado, apesar dos esforços das forças de segurança”, diz o coronel Souza. 

POLÍCIA RODOVIÁRIA
Para o capitão Hugo Maeda, da Polícia Rodoviária Estadual, a situação é grave, mas está sendo combatida. Segundo dados apresentados pelo militar, em 2013 foram 128 roubos de carga na região. Desses, em 47 casos se levou apenas os carregamentos. Nos outros, os veículos também foram roubados. “Nesse segundo caso, os caminhões foram levados para abastecerem o mercado negro de peças usadas. Quase sempre o alvo é os veículos. A carga, por vezes, vai como lucro ou é até descartada. Além disso, há o roubo também contra carros pequenos, como uma Fiorino, onde pode estar uma carga de até R$ 4 milhões em celulares”, afirma Maeda.
Segundo o capitão, o que interfere no sucesso das ações criminosas é que as quadrilhas têm informações antecipadas do alvo a ser atacado, enquanto a PM não sabe sequer do horário da saída do carregamento da fábrica. “Como pode um veículo pequeno, sem escolta particular, sem nada que o diferencie de um comum, sem logomarca da fábrica, ser atacado num local específico por bandidos? É claro que as quadrilhas têm informações privilegiadas da carga, horário e trajeto. Com informações saídas do interior da fábrica ou de um membro ligado ao esquema. E aí fica mais difícil o combate” - explica o militar. Maeda, contudo, faz questão de enfatizar que há um índice alto de recuperação: “O gerente de risco da LG, que tem dados internos sobre os roubos, me disse que hoje o índice de recuperação de cargas na empresa gira em torno de 70% a 80%”. 
ESCOLTA DOS CARREGAMENTOS
Mas, para se chegar a números de recuperação como esses, há toda uma logística por trás que termina por influenciar no preço final do carregamento. Como explica o representante do Sindicato das Empresas de Escolta de São Paulo (Semeesp), Paulo Rogério Rizo. “O roubo de cargas acaba afastando mão de obra especializada, por que o funcionário das empresas de segurança, quando roubado, muitas vezes desiste da função, fica traumatizado. Há ainda o roubo das armas e coletes desses profissionais, que muitas vezes são agredidos. Daí, para você melhorar a logística de apoio ao transporte de carga, tem que investir pesado em rastreadores por satélite, investir em tecnologia. E isso leva a um aumento do preço da escolta, o que influencia no preço final do frete e, por conseguinte, do produto. Estima-se que tenham sido gastos cerca de R$ 6 bilhões em segurança por parte das empresas de transporte em todo o País em 2013”. Atualmente, o custo com segurança gira entre 12% a 15% do preço final do faturamento de uma empresa. O que é repassado ao custo final, pago pelo consumidor.
Mas o grande problema, segundo Rizo, é que, por causa do preço das escoltas especializadas, com inscrição na Polícia Federal e treinamento de pessoal, muitas indústrias optam em contratar serviços de empresas clandestinas de segurança. “Quando se contrata um pessoal desqualificado e sem preparo, risco é de você levar um pessoal que pode estar ligado ao crime. Além disso, num roubo recente, uma indústria deixou de receber o seguro por estar com uma escolta de uma empresa que não tinha o aval da Polícia Federal”, explica Rizo.
O capitão da Polícia Militar Paulo Henrique Rosas, do 1º Baep, concorda com o representante do Semeesp. “A conclusão a que chegamos é óbvia: “as quadrilhas têm informações privilegiadas e muitas vezes as ações se dão de forma idêntica, nos mesmos pontos. Na verdade, chegamos a ver imagens de um roubo em dezembro último onde um caminhão parou antes mesmo da quadrilha anunciar o assalto. Ou seja, é preciso que as empresas contratantes saibam quem estão levando para fazer a escolta de suas cargas.”

FIM DA RECEPTAÇÃO
Mas, para o capitão rodoviário Rosas, outro ponto importante para se interromper a escalada do roubo de cargas está em se atacar o receptador final. “Só existe o roubo por que há o receptador. Enquanto não combatermos essa realidade, não interromperemos o ciclo.” Igual opinião tem o assessor de segurança da Fetcesp, Paulo Roberto de Souza: “Há quatro níveis numa quadrilha de roubo de cargas. O primeiro é o indivíduo que faz a ação, normalmente contratado para isso por um valor 'x'. Depois temos o elo, que é aquele que faz o contato com quem fará a ação. É o que paga pelo 'trabalho'. Em terceiro, vem aquele que atravessa com a carga de um lado para o outro. Que serve para despistar. Por fim, o mais importante, que é o receptador. É ele que esconde e distribui a carga roubada.”
Para o coronel da reserva, esse último só será erradicado se tirarem dele o seu dinheiro. “Só se o deixarmos sem capital ele não agirá. Para isso, é preciso que haja leis onde o receptador tenha de devolver aquilo que roubou e que se extinga sua empresa de fachada. Além disso, o seu isolamento da sociedade, com a sua retirada de poder de articulação criminosa, preso em local de regime diferenciado, é essencial.” Um código penal onde se amplie a pena por roubo e receptação de cargas também é imprescindível no combate ao crime.


SAÍDAS PARA O PROBLEMA
No caso do combate à receptação, o vereador Tico Costa (SDD), presidente da Comissão para os Assuntos e Segurança Pública, tem um projeto de lei tramitando na Câmara. Nele, todos os proprietários de galpões, depósitos e armazéns em Campinas quando forem alugar suas edificações ficam obrigados de enviar à Prefeitura uma notificação com informações do inquilino, localização do imóvel e atividades que serão desenvolvidas no local. Dessa forma, haverá o controle do local e a possibilidade de fiscalização, além do reenvio dos dados às polícias Civil e Militar, já que as quadrilhas usam esses galpões para guardar as cargas roubadas ou utilizá-lo como ponto de desmanche de veículos. Para Tico, essa fiscalização capacitará também a Prefeitura a aplicar sanções e multas ao uso indevido dos galpões e barracões. “Acho que nós, na esfera municipal, podemos ajudar a polícia no combate ao crime restringindo pontos que as quadrilhas utilizam como distribuição”, enfatiza.
Outra decisão que foi tomada na reunião foi a do envio de duas moções da Câmara. Uma ao governo do Estado pedindo um maior efetivo para a PM na cidade, assim como a manutenção e ampliação de programas de combate à criminalidade nas estradas, como o Procarga – de prevenção e redução de furtos, roubos, apropriação indébita e receptação de carga. A outra moção será enviada ao governo federal e à Câmara Federal para pedir ampliação de pena para os casos de roubo e receptação de cargas. Junto com Tico participaram da reunião os vereadores André von Zuben (PPS) e Carlão do PT.
(Fotos: Assessoria de Imprensa do vereador André von Zuben/PPS)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Comissão de Segurança discute roubo de cargas na região



No quadro da violência, um número que preocupa: o roubo de cargas em Campinas cresceu 45,11% no ano passado, em relação a 2012, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo. Ao todo, foram 386 casos registrados, contra 266 em 2012. Diante dessa realidade, a Comissão para os Assuntos de Segurança Pública se reúne nesta quarta-feira (12/2) para discutir o problema. “A gravidade está explícita nos números e, se não houver uma ação efetiva para barrarmos essa realidade, a tendência é repetirmos um ano de perdas para a indústria e de risco aos profissionais da área. Um exemplo está no mês dezembro último, quando tivemos 35 ocorrências, ou seja, um crescimento de 94,4% se compararmos aos últimos 31 dias de 2012, quando foram 18 os casos de roubo de cargas”, afirma o vereador Tico Costa (SDD) presidente da Comissão. Para a reunião estão convidados representantes do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Campinas e Região (Sindicamp), da Polícia Militar na região de Campinas (CPAI2), da Polícia Militar Rodoviária no Estado e do Sindicato das Empresas de Escolta de São Paulo (Semeesp).
De acordo com as estatísticas, os produtos eletroeletrônicos são os principais alvos das quadrilhas do asfalto. Em segundo lugar vêm os gêneros alimentícios. Como centro dos roubos estão as rodovias Anhanguera (SP-330), Bandeirantes (SP-348) e D. Pedro (SP-065), todas que cortam Campinas. Na verdade, a região é conhecida hoje por “Triângulo das Bermudas” do roubo de cargas. Ao concentrar diversas montadoras de eletroeletrônicos – como Dell, LG e Samsung – a região é uma vitrine para este tipo de crime, principalmente pelo fluxo de mercadorias que têm como destino o Aeroporto de Viracopos. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, além de Campinas, outros municípios têm alto índice de roubos de cargas em rodovias: Jundiaí, Itupeva, Indaiatuba, Louveira, Valinhos e Vinhedo.
CAMPEÃO DAS ESCOLTAS
Diante deste quadro, há a necessidade sempre maior de se dar segurança aos comboios de carga. Hoje, o País é o campeão mundial em número de escoltas armadas. Segundo dados do Sindicato das Empresas de Escolta de São Paulo, são mais de 1.200 todos os dias pelas rodovias brasileiras. Não bastasse, os riscos crescentes demandam um aumento no preço do seguro, que por sua vez ampliam o valor cobrado pelo frete. No fim, frete mais elevado pressupõe produtos mais caros para compensar toda a logística necessária entre a produção e a entrega ao consumidor final. “É preciso quebrar essa cadeia do crime, por isso a necessidade de uma discussão que pode levar a soluções conjuntas e a união de esforços. Além disso, a Câmara pode agir como elo de junção entre as partes e os governos estadual e municipal”, diz Tico Costa.
Além do presidente Tico Costa, participam da Comissão para os Assuntos de Segurança Pública os vereadores André von Zuben (PPS), Carlão do PT, Jorge Schneider (PTB) e Pastor Elias Azevedo (PSB). O encontro será realizado na Sala Sylvia Paschoal (Plenarinho), com início às 13h30.
(Foto: Governo do Estado de São Paulo)

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Medida de Jonas vai de encontro a pedido feito pelo Tico à Sanasa

A divulgação feita hoje pelo prefeito Jonas Donizette (PSB) da antecipação do período oficial de estiagem já a partir deste mês, com sanções para quem desperdiçar água, foi comemorada pelo vereador Tico Costa (SDD). Ele havia enviado no dia 29 último um ofício à Sanasa justamente com esse pedido de antecipação e aplicação da lei contra o gasto irresponsável de água. "Essa medida é importante por que vem de encontro àquilo que eu pedia para a Sanasa. Todos os esforços que forem possíveis para evitarmos o racionamento são essenciais. Contudo, mais do que multas e restrições, o importante é que cada pessoa se conscientize de que só com a participação de todos evitaremos um racionamento, ruim para os campineiros", disse Tico.