A
criação de uma subcomissão de estudos para discutir a questão
específica da segurança em agências bancárias e um projeto de lei
para ampliar a divulgação do telefone 153, da Guarda Municipal
(GM). Estas foram as principais medidas tomadas pela Comissão de
Assuntos de Segurança Pública da Câmara, em reunião realizada
no dia 13/3. Com a presença dos vereadores Tico Costa
(PP), que preside a comissão, André von Zuben (PPS), Carlão do PT
e Pastor Elias Azevedo (PSB), foi enfatizada também a necessidade de
um trabalho conjunto entre o Legislativo, o Executivo e os órgãos
de segurança no município para se minimizar os índices de
violência. Assim, uma moção deve ser enviada ao governador Geraldo
Alckmin (PSDB) para se requerer a ampliação nos efetivos das
polícias civil e militar.
“A
subcomissão voltada à segurança na atividade bancária é
importante por ser uma questão específica e real na atualidade. Os
bancos têm de zelar pela segurança dos clientes e dos funcionários.
Hoje, as explosões a caixas eletrônicos têm acontecido sem a
presença de pessoas, com o patrimônio da agência sendo único
alvo, mas quem garante que, no futuro, alguém não possa se ferir
numa ação criminosa? Além disso, há o problema das 'saidinhas' de
banco que já vitimou muitas pessoas. Mas ninguém pode ir a uma
agência com medo. Se há medo, há algo errado. E cabe aos bancos
darem uma solução para essa questão”, afirmou o vereador André
von Zuben, que propôs a criação da subcomissão, com um prazo
estipulado de 90 dias de trabalho para a apresentação de medidas em
projeto de lei ou ações para o setor. Além de von Zuben, que a
presidirá, Tico Costa e o Pastor Elias Azevedo comporão os
trabalhos. “Os bancos e os trabalhadores estão dispostos a fazer
esta discussão na busca de soluções”, enfatizou o representante
do PPS.
A
proposta de um projeto de lei para a divulgação do telefone 153, da
Guarda
Municipal (GM), através da sua
exposição nas placas de logradouros, prédios públicos e ônibus
integrantes do sistema de transporte público, foi outra medida
adotada na reunião. “Hoje,
por desconhecimento de boa parte dos munícipes, há um índice
reduzido de ligações para o 153, se comparado ao número congênere
de outros municípios. No Centro
de Operações e Inteligência (COI) da Guarda Municipal (GM) de
Indaiatuba, este número, por exemplo, chega a 4 mil ligações por
mês. Em Campinas, apesar da nossa população ser seis vezes maior,
este número gira em torno de 1,2 mil ligações”, afirma Tico
Costa. “Acreditamos
que a divulgação maior do 153, com sua exposição nas placas de
ruas, prédios públicos e ônibus, levará a um maior acesso ao
serviço, ampliando a ação da GM e desafogando o trânsito
telefônico no Copom da PM. Além disso, o crescente acesso ao 153
daria ao cidadão uma opção de atendimento à sua segurança,
principalmente no caso de existir uma saturação nas chamadas do 190
no momento da ligação”, enfatizou o pepebista.
Moção ao governo estadual
Já
o vereador Carlão do PT propôs que a Comissão encaminhe uma moção
ao governo estadual com o pedido de maior efetivo para as polícias
civil e militar. “É preciso que se amplie as ações de combate ao
crime, mas hoje há muitos integrantes dessas polícias em disfunção,
ou seja, fora do serviço de rua. Precisamos saber das autoridades
ligadas à segurança, nem que seja por ofício, onde estão alocados
os efetivos. E, nesse sentido, seria incluído também um pedido ao
Executivo municipal para ampliação do atual contingente da GM”,
afirmou o petista. Carlão lembrou ainda que unir forças faz parte
da estratégia de combate ao crime. “É preciso dialogar inclusive
com o Exército, no sentido de reduzirmos o roubo de bananas de
dinamite, hoje utilizadas na explosão de caixas eletrônicos”.
Outros
problemas tratados na Comissão foram a necessidade do corte de mato
alto e de se murar terrenos abandonados, a iluminação correta de
logradouros públicos e o combate ao comércio de bebidas a menos de
100 metros de escolas. “Os problemas têm que ser resolvidos e não
apenas administrados. A lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas
a menos de 100 metros de escolas, por exemplo, existe. Por que então
não é respeitada?” - questionou o Pastor Elias Azevedo. Da mesma
forma, lembrou o pessebista, se vê o problema do uso de celulares em
agências bancárias, que continua a acontecer, apesar de proibição
municipal. “É possível reduzirmos os índices de criminalidade,
mas desde que haja ação efetiva e acompanhamento sistemático”,
disse o pessebista.
Nesse
sentido, o vereador Tico Costa voltou a pedir a participação de
membros do Legislativo no Gabinete Metropolitano de Gestão
Estratégica de Segurança Pública da Região Metropolitana de
Campinas, que tem por objetivo
integrar ações à prevenção, repressão e redução da violência
na RMC. “Não
fui ainda comunicado de nenhuma reunião ou ação do Gabinete,
apesar do desejo explícito e oficiado à Prefeitura desta nossa
Comissão de ter um espaço nas discussões do mesmo”, afirmou o
pepebista, que enfatizou o caráter de ideias, indicações e
propostas ao Executivo que o grupo do Legislativo pode oferecer no
âmbito da segurança.
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