No
encontro de hoje, o delegado de Polícia Civil de Jundaí, Orli de
Moraes, que coordena o
Setor de Inteligência da DIG local,
esteve na Câmara para relatar aos vigias presentes a experiência
bem sucedida do seu
município. “É importante a sociedade ter controle sobre este
segmento porque todos nós sabemos que ele, se bem aproveitado, vira
parte do setor de segurança. Mas, se for maltratado ou deixado de
lado, alguém irá arregimentá-lo. Neste caso, o crime organizado,
que o fará um olheiro que passa informações sobre a vida dos
moradores”, afirmou o policial.
Em
Campinas, segundo dados preliminares, há cerca de 7 mil vigias de
rua. Ou seja, um contingente considerável para se unir ao segmento
de segurança pública. “Se esses dados estiverem corretos, temos
no setor a empresa de que mais emprega em Campinas. Ninguém na
cidade tem um número tão grande de trabalhadores”, enfatizou o
vereador Carlão do PT, que é integrante da comissão de segurança
e também esteve presente
na
reunião.
Diante
desses números consideráveis, o delegado Orli de Moraes afirmou que
é preciso se estruturar o mais rápido possível a categoria. “Ainda
não se inventou uma bola de cristal para a polícia. Logo, este
segmento tem que ser cadastrado. E essa ação passa pela Polícia
Civil, que está disposta aqui, tenho certeza, a fazer o mesmo
trabalho que fizemos em Jundiaí. É hora de passarmos das discussões
à ação. E se criar a associação. É só adaptarmos a nossa
experiência à realidade daqui, que
é
uma cidade maior”, explicou. Para ajudar nessa empreitada, o
delegado deixou com a comissão um esboço do projeto de lei e do que
já foi feito em Jundiaí para regulamentação do setor.
O
vereador Tico Costa também vê na associação a única saída para
agregar a categoria. “O que sabemos é que teremos profissionais
bons e ruins na formação da entidade. Mas os ruins serão, com o
tempo, expurgados. E quem ficar
– a experiência de Jundiaí nos mostra isso - será
do bem. O mau logo se desvia. E os bons ficam ate 20 anos na
profissão”.
O
delegado
Luís Segantin, do Deinter-2, tem a mesma opinião. Segundo ele, “o
vigia de rua é um braço importante para a atividade policial, ao
repassar informações. A segurança, como plano estratégico, se faz
com um conjunto de ações que vai desde a participação do cidadão
comum às forças policiais e vigias. Unindo esforços, ganha-se em
qualidade e eficiência”.
Esse
pensamento é corroborado pelo 1º tenente do 35º Batalhão de
Polícia Militar Felipe Barbosa de Cavalho: “É humanamente
impossível às forças de segurança estarem em todos os lugares ao
mesmo tempo e serem oniscientes. Logo, é a união de toda a
sociedade que se faz eficaz no combate à criminalidade”.
Como
exemplo de uma experiência que pode gestar a associação, Marcos
Alves Ferreira, do Conseg Sul, citou o plano de Vizinhança Solidária
que é um sucesso na região do Taquaral. “Com ele e o cadastro que
fizemos dos vigias, houve uma depuração na categoria. Dessa forma,
acho que se existir o trabalho conjunto dos dez Consegs hoje
existentes em Campinas e da unificação de esforços das polícias
civil e militar, além dos poderes públicos, a engrenagem
funcionará”. Da reunião participou também Celso
Antonio Mourão,
presidente da entidade jundiaiense dos vigias de rua.
Fotos: Assessoria de Imprensa da Câmara de Campinas
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